sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Walfrido e Clésio: “Mensalão mineiro”, denúncia aceita

Demonstrando que ainda existe Justiça em Minas Gerais, Juíza aceita denúncia contra Walfrido dos Mares Guia, Clésio Andrade e outros

A juíza Neide da Silva Martins, titular da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte recebeu parcialmente denúncia para que os acusados do caso que ficou conhecido como “mensalão mineiro” respondam por crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
Os fatos narrados na denúncia teriam acontecido durante a campanha de Eduardo Azeredo ao Governo de Minas Gerais, em 1998.
O processo contra Eduardo Azeredo tramitará no Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude da prerrogativa de função.
Passam a responder pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro na Justiça Estadual, na 9ª Vara Criminal, 11 dos 14 acusados: Walfrido Silvino Mares Guia Neto, Cláudio Mourão da Silveira, Clésio Soares de Andrade, Marcos Valério Fernandes de Souza, Ramon Hollerbach Cardoso, Cristiano de Melo Paz, Eduardo Pereira Guedes Neto, Fernando Moreira Soares, Lauro Wilson de Lima Filho, Renato Caporali Cordeiro e José Afonso Bicalho Beltrão da Silva.
A magistrada determinou a citação de todos. Deixando de receber a denúncia contra apenas três acusados restantes: Sylvio Romero, Eduardo Mudim e Jair Alonso de Oliveira. Em seu despacho, a juíza Neide Martins, acolhendo parecer do Ministério Público, afirmou não haver “elementos suficientes para sustentar a imputação a eles formulada”.
Em maio de 2009, o relator do processo no STF, ministro Joaquim Barbosa, ordenou o desmembramento do processo, determinando que todos, exceto Eduardo Azeredo, respondessem aos crimes na Justiça Federal de 1ª Instância.
Ocorre que, de acordo com a Constituição Federal, os crimes descritos na denúncia não são da competência da Justiça Federal, o que fez com que aquele juízo declinasse da competência, remetendo os autos para a Justiça Estadual.
A atitude da juíza foi comemorada por parte do Judiciário e do Ministério Público Estadual, que vem lutando contra a subserviência do Poder ao Executivo e Legislativo.

Fonte: Novo Jornal

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pimentel não será candidato a governador

A entrevista de Fernando Pimentel na Folha de São Paulo é um retrato fidedigno do perfil desta nova liderança: burocrática, previsível, sem emoção, calculista.
Vou comentar algumas de suas pérolas:
1) "Dilma não ficará refém do PT". O que se discute é ela ser refém de Lula e do lulismo. Quem, hoje, é refém do PT? Obviamente que as correntes internas procuram se impor. Mas temos um bom teste neste momento: vejamos se as propostas aprovadas no 4o Congresso se transformarão em programa de governo de Dilma;
2) "O PT não pode ser a política no sentido de 30 anos atrás, quando fundamos o PT". Ele sugere que seja o partido da nova classe média. Ora, esta é a tese do lulismo. Ou seja: repete o que já existe. É como sugerir que o mundo se transforme no que já é. O interessante é que procura dar ares de autoridade e elaboração política. Para tanto, tenta desqualificar quem critica esta inflexão radical do petismo como se fosse passado;
3) "Acho o artigo do (André) Singer extremamente bem posto, mas prematuro". Se é bem posto não é prematuro; ou se é prematuro, não está posto. Típico discurso anódino, que procura manter a polidez na forma e a rejeição no conteúdo.

Uma entrevista que marca claramente o quanto as lideranças petistas mudaram.

Ainda sobre a entrevista de Fernando Pimentel na Folha

De um arguto analista político de BH:

"Ele não fala como candidato a governador. Fala como futuro ministro. Ele respondeu aos ataques da Veja e do Estadão à candidatura Dilma. Não se preocupou com Minas. A conclusão é que ele abandonou a disputa, ainda que fique para negociar e sair no final. Deixará para o Patrus ou tentará a montagem de um palanque único. O fato é que, a julgar pela entrevista, ele não será candidato a governador."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

TV Alterosa envolvida no escândalo de corrupção em Brasília

Apuração de corrupção no governo do DF acaba envolvendo a TV Alterosa por sua sociedade na TV Brasília com vice-governador Paulo Octávio
O desdobramento da crise instalada com a prisão do governador José Roberto Arruda acabou trazendo desdobramentos que expandem por todo País.
O vice-governador do Distrito Federal (atual governador), Paulo Octávio (DEM), esteve nesta manhã (18) com o presidente Lula na tentativa de evitar sua renúncia e possível intervenção federal.
As investigações, que a princípio aparentavam estar sendo feitas apenas em relação ao governador Arruda, demonstram agora que, ao contrário, estende-se ao vice Paulo Octávio e suas empresas.
Dentre essas empresas, está a TV Brasília que tem sociedade com a TV Alterosa de Belo Horizonte, MG.
A TV Brasília teria recebido milionárias verbas de publicidade do governo do Distrito Federal, sem cumprir as formalidades, além de pertencer ao vive-governador.
Segundo fontes do governo do Distrito Federal, Paulo Octávio teria tentado sensibilizar Lula com a argumentação de que há pouco mais de dois anos a TV Brasília pertencia a um grupo empresarial do qual faria parte um dos filhos do presidente.
Paulo Octávio teria assumido o canal de televisão para desarmar o esquema montado segundo essas mesmas fontes de maneira amadora pelos “companheiros” do filho de Lula.
Na verdade, a contabilidade da TV Brasília, assim como de todas as empresas de Paulo Octávio, estão sendo minuciosamente analisadas.
A Polícia Federal promete para no máximo dentro de uma semana a conclusão e entrega das investigações.
O que extra oficialmente comenta-se é que as transferências de recursos efetuadas pela TV Brasília para seus sócios, inclusive a TV Alterosa, demonstrariam que a mesma funcionou apenas como empresa “repassadora” de recursos.
“Os valores recebidos pela TV Brasília estão muito acima do possível dentro da grade de programação e tabela de preços da emissora”, concluiu.
Fonte: Novo Jornal

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Minas poderá ganhar mais quatro deputados: dois estaduais e dois federais

TSE divulga novos números de vagas para deputados em 2011
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, em seu site, a minuta de resolução que define o número de vagas de deputados federais na Câmara dos Deputados e de integrantes das assembléias legislativas nas Eleições 2010. O texto da minuta e um pedido da Assembleia Legislativa do Amazonas, para que fosse redefinido o número de deputados federais, serão discutidos em audiência pública marcada para a próxima quarta-feira (24) no TSE.
Nesta audiência também será discutida a minuta do voto em trânsito para presidente da República nas eleições de outubro.
Pelo texto da minuta resolução, os estados do Rio de Janeiro e da Paraíba perdem duas vagas de deputados federais cada um na próxima legislatura. Rio Grande do Sul, Paraná, Maranhão, Goiás, Pernambuco e Piauí perdem, por sua vez, uma cadeira na Câmara cada um.
O Pará é o estado que mais ganha em vagas, subindo de 17 para 20 deputados federais a partir de 2011. Minas Gerais vem em seguida, com aumento de duas cadeiras em sua bancada. Já Amazonas, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Santa Catarina ganham um deputado cada um.
Permanecem inalteradas as representações de São Paulo, Espírito Santo, Alagoas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima.
São Paulo continua a ser o estado com o maior número de deputados federais (70), permanecendo em oito o número de deputados nos estados com menor população.

Consultas e debates

Relator das instruções das Eleições 2010, o ministro Arnaldo Versiani quer, antes de apresentar as minutas de resolução ao plenário do TSE, debater os textos e o pedido da Assembléia Legislativa do Amazonas com representantes dos partidos políticos, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e demais interessados no assunto.
Após ouvir as sugestões, caso Versiani não altere a minuta e o texto seja aprovado pelo plenário do Tribunal, a resolução que modifica o número de deputados federais de alguns estados provocará também alterações no quantitativo de integrantes nas assembléias legislativas destes estados.
A quantidade de cadeiras nas assembléias legislativas e na Câmara Legislativa do Distrito Federal é definida a partir do número de deputados federais. Estados com até 12 parlamentares federais podem ter o triplo de deputados estaduais. Depois disso, cada deputado federal equivale a um estadual.

Porque mudar?

As alterações no número de deputados federais por estado visam cumprir a Constituição Federal e Lei Complementar de 1993 que determinam que a quantidade de deputados federais deve ser proporcional à população dos estados e do Distrito Federal.
A Constituição estabelce ainda que se façam os ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhum estado tenha menos de oito ou mais de setenta deputados federais.
Para se adequar a essas exigências constitucionais e atualizar os quantitativos de deputados federais para a próxima legislatura, o TSE tomou como base a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atualizada em 1º de julho de 2009. A última mudança na representação de um estado na Câmara dos Deputados ocorreu em 1994, com o aumento da bancada de São Paulo para 70 parlamentares.
A Assembléia Legislativa do Amazonas se baseou justamente no dispositivo constitucional e na lei complementar para solicitar ao Tribunal a redefinição do número de deputados federais nas eleições deste ano.
Pelo calendário eleitoral, todas as resoluções das Eleições 2010 devem estar aprovadas pelo plenário do Tribunal até 5 de março.

Novos números

Pela minuta, o número de representantes dos estados e do Distrito Federal na Câmara dos Deputados se mantém em 513, assim distribuídos: São Paulo (70), Minas Gerais (55), Rio de Janeiro (44), Bahia (40), Rio Grande do Sul (30), Paraná (29), Pernambuco (24), Ceará (23), Pará (20), Maranhão (17), Santa Catarina (17), Goiás (16), Paraíba (10), Espírito Santo (10), Piauí (9), Alagoas (9), Rio Grande do Norte (9), Amazonas (9), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima, todos esses com oito deputados cada um.

As assembléias legislativas e a Câmara Legislativa do Distrito Federal terão um total de 1.057 parlamentares, assim distribuídos: São Paulo (94), Minas Gerais (79), Rio de Janeiro (68), Bahia (64), Rio Grande do Sul (54), Paraná (53), Pernambuco (48), Ceará (47), Pará (44), Maranhão (41), Santa Catarina (41), Goiás (40), Paraíba (30), Espírito Santo (30), Piauí (27), Alagoas (27), Rio Grande do Norte (27), Amazonas (27), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Sergipe, Rondônia, Tocantins, Acre, Amapá e Roraima, todos esses com 24 deputados estaduais ou distritais cada um.

Fonte: TSE

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Pesquisa: José Alencar lidera com folga em Minas

Caso o vice-presidente da República, José Alencar (PRB), aceite representar os partidos da base aliada do presidente Lula (PT) na corrida pela sucessão do Palácio da Liberdade, ele aparece como favorito já na primeira pesquisa em que seu nome figura na lista.
Pelo menos é o que aponta a pesquisa Sensus, realizada entre os dias 7 e 11 deste mês, divulgada com exclusividade pelo HOJE EM DIA. Sem a sua candidatura, o ministro das Comunicações, Hélio Costa (PMDB), mantém a liderança folgada sobre os demais concorrentes.
Foi a primeira vez que o nome do vice-presidente foi colocado, de forma estimulada, numa pesquisa sobre a sucessão do governador Aécio Neves (PSDB). No confronto com o pré-candidato tucano ao Governo, o vice-governador Antonio Anastasia, o nome de José Alencar aparece com 39,9% das intenções de voto. Anastasia tem 19% e o pré-candidato do PV, o deputado federal José Fernando Aparecido de Oliveira, que também aparece pela primeira vez, conta com 6,1%. Brancos e nulos somam 35,1%.

Na ausência do nome do pré-candidato tucano ao Governo mineiro, Alencar aparece com 39,4% no confronto com o ex-presidente Itamar Franco (PPS) e com José Fernando Aparecido de Oliveira. Itamar Franco, que chegou a ser colocado como candidato ao Governo do Estado, tem 22,2%. Já o pré-candidato do PV aparece com 4,7%. Neste cenário, brancos e nulos somam 33,7%.

“A pesquisa mostra uma indefinição muito grande. As rejeições são baixas, e isso mostra que o jogo político está aberto”, disse o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.
Em nenhum momento, as pré-candidaturas de Alencar e de Hélio Costa foram confrontadas, considerando que um ou outro seria o candidato da base governista. A pesquisa Sensus também considerou outros dois cenários sem a presença do nome do vice-presidente. Em ambos os casos, o nome do ministro Hélio Costa lidera.
Na disputa com o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) e Antonio Anastasia, Costa aparece com 38,3%. Pimentel vem em segundo, com 24,1%, e Anastasia, com 12,6%, em terceiro. Brancos e nulos somam 25,0%. O vice-governador não aparece na liderança em nenhum cenário. “A questão da transferência de votos do governador para o vice é muito delicada”, analisou Guedes.
No cenário com os nomes do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias (PT) e Anastasia, o nome de Hélio Costa lidera com 40,7%. Patrus vem em seguida, com 18,8%, e Anastasia com 14,4%. Brancos e nulos somam 26,1%.
Num cenário sem Alencar e sem Hélio Costa, o nome de Patrus Ananias lidera a disputa com Anastasia e com o presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), Clésio Andrade (PR). Patrus aparece com 30,3% das intenções de voto contra 20,7% de Anastasia e 8,9% de Andrade. Brancos e nulos são 40,2%.
Na corrida pelas duas vagas de Minas ao Senado, o nome do governador Aécio Neves lidera, na espontânea, com 7,2%; contra 2,6% de Alencar; 1,7% de Costa; 1,4% de Patrus; 1,1% de Itamar; 0,7% de Anastasia; e 0,7 de Pimentel. Brancos e nulos somam 83,6%.
Na estimulada, Aécio teria 37,7% na média das intenções recebidas (68,7% no primeiro voto; e 6,7% no segundo); Hélio Costa, média de 29%; Itamar, de 24%, Patrus, de 21,6%; Clésio Andrade, de 11,1%. Os números variam de acordo com os cenários. O eleitor poderá votar em dois candidatos ao Senado, que terá duas vagas. O nome de Alencar não foi avaliado, na estimulada, para o Senado.
Publicado no Jornal Hoje em Dia, do dia 19 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Estado de Minas demite fotógrafo por ser blogueiro

Se tem uma coisa que mineiro preza muito é a liberdade. Deve ser por isso que os poderosos a temem tanto. A direção do jornal Estado de Minas deu mais um exemplo de cerceamento a liberdade de expressão nesta terça-feira (8). Demitiu por “justa causa” um dos seus melhores profissionais, o jornalista fotográfico Emmanuel Pinheiro, apenas por ele ter um blog e ter postado um comentário analisando a capa do jornal e comparando-a com a do concorrente.
“Trabalhei no jornal por 7 anos e dediquei minha vida a este jornal. Ganhei vários prêmios (Esso Regional, prêmios da AMB e outros) e sempre cumpri com minhas obrigações no jornal. Mas ontem fui demitido por Justa Causa. Na carta de demissão que recebi, sem nenhuma conversa anterior estava escrito: motivo demissão por justa causa por falta grave”, desabafa Emmanuel.
O jornalista conta o fato que ocasionou a demissão foi ele possuir um blog “onde conto desde as festas de aniversário de minha família, coisas sobre fotojornalismo e opiniões sobre os jornais locais (todos) incluindo o Jornal Estado de Minas, onde trabalhava”, explica Emmanuel, que diz também que nunca publicou “ofensas pessoais e falta de respeito como alegaram numa conversa na hora da demissão”.



Quem visitar o blog, pode identificar um dos posts que mais trouxe irritação aos diretores do jornal. Na última visita que Lula fez a Juiz de Fora, Emmanuel fez uma excelente foto do presidente junto a ministra Dilma. Emmanuel no seu blog argumenta que ela tinha tudo para ser a capa do jornal do dia seguinte. Mas o jornal fez outra opção, ao contrário do concorrente jornal O Tempo, que estampou a mesma foto na primeira página.
Emmanuel considera que o que aconteceu foi cerceamento do pensamento e a volta da censura “em tempos de liberdade calaram minha boca e carimbaram uma justa causa nas minhas costas como um gado marcado”. Sou antes de tudo um ser que pensa, que questiona e que critica. Não sou um ladrão ou criminoso”.
A atitude arbitrária foi duramente criticada na reunião da diretoria do Sindicato dos Jornalistas de Minas, na última terça-feira (9). Os diretores prestaram total solidariedade ao fotógrafo e estão agindo junto à assessoria jurídica para tomas as medidas cabíveis para proteger os seus direitos.
Outra entidade que prestou solidariedade foi a Federação Nacional dos Jornalistas. Seu presidente, Sérgio Murilo, disse que apesar de já ter visto muitos absurdos, as empresas sempre nos surpreendem nas formas de desrespeito aos direitos elementares dos trabalhadores. “Creio que a tese da demissão por justa causa é insustentável”, defende Murilo
O episódio mostrou mais uma vez como a liberdade de imprensa é tratada em Minas.
Justamente os veículos que sempre se arvoram de defensores destes princípios, como o Estado de Minas, são os mais repressores e autoritários. “Pensar por essas bandas aqui é perigoso. Isso vai se tornar minha luta, posso ficar sem nada, mas vou recuperar minha dignidade perdida”, conclui Emmanuel Pinheiro.
O endereço do blog de Emmanuel é: http://www.pinheironafoto.blogspot.com/

De Belo Horizonte,
Kerison Lopes

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Alencar aceita ser vice de Patrus em Minas

Na solenidade ocorrida no PT mineiro de homenagem do vice-presidente José Alencar (PRB) como “militante honorário” da legenda, o vice manifestou simpatia em ter como parceiro de palanque o ministro Patrus Ananias (PT). Alencar declarou que “ao lado de Patrus, como seu vice, eu toparia qualquer coisa”. Antes disso, o próprio Patrus teria dito: “Por onde você for, mestre, quero ser seu par”.
Uma chapa Patrus-Alencar, com Hélio Costa (PMDB) para o Senado, seria o melhor palanque para a candidata Dilma em Minas Gerais. O grupo ligado ao ex-prefeito Fernando Pimentel não ficará satisfeita, mas suas atitudes não desagradaram apenas parte substancial do PT, mas também a maioria dos aliados do governo federal no Estado. É preciso unificar a base, e a dupla Patrus-Alencar, ou vice-versa, é que mais agrega e unifica o palanque de Dilma em Minas.
É fato que o PMDB gostaria de ocupar a cabeça de chapa, com Hélio Costa, mas é Patrus e Alencar os postulantes que mais agregam. Candidatura não pode ser apenas vontade pessoal, mas capacidade de somar alianças com diversos setores da sociedade e amplo leque de partidos. É nisso que Pimentel e Hélio Costa esbarram. É importante que o candidato seja escolhido, pois a candidatura do Partido da Liberdade, ou seja, de Aécio Neves (PSDB), o vice Antônio Anastasia (PSDB), já está na rua.
Ressalte-se, ainda, o potencial de crescimento da candidatura de Patrus Ananias. Por ser o ministro responsável pelo programa de maior sucesso do governo Lula, o Bolsa Família, Patrus apresenta uma candidatura com elevada capacidade de crescimento. Em pesquisa recente, quando associado ao Bolsa Família, Patrus obtém crescimento de 136% nas intenções de voto. Tendo como vice uma figura da grandeza de José Alencar (PRB), além do apoio do PMDB, essa candidatura tem força para representar em Minas um projeto de mudança.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Sind-UTE promove manifestação em Montes Claros

Cumprindo a definição do Conselho Geral do Sind-UTE, de caça ao governo, a subsede de Montes Claros juntamente com os servidores da saúde organizaram um protesto pelo PISO durante a visita do governador Aécio e do seu vice, no dia 09 de fevereiro. Com algumas faixas, os trabalhadores da educação e da saúde foram acompanhados de perto pela policia militar, por um cordão de isolamento. A manifestação ocorreu quando da chegada da comitiva do governador.
Os servidores manifestaram aos gritos de “FORA AÉCIO”, numa alusão ao seu desligamento do governo do Estado, enquanto pessoas pagas por políticos da região aplaudiam o governador. O intuito dos servidores era chamar a atenção para suas reivindicações, entre elas o pagamento imediato do Piso de R$ 1.312,85 para jornada de 24 horas.

Piso Salarial Profissional Nacional é de R$ 1.312,85, mas Minas Gerais paga R$ 336,25
A interpretação se baseia nos seguintes aspectos das leis do Piso e do Fundeb:

1. O art. 5º da Lei 11.738 diz que: “O piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica será atualizado, anualmente, no mês de janeiro, a partir do ano de 2009”.
2. Já o parágrafo único dispõe que: “A atualização de que trata o caput deste artigo será calculada utilizando-se o mesmo percentual de crescimento do valor anual mínimo por aluno referente aos anos iniciais do ensino fundamental urbano, definido nacionalmente, nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007”.
3. E em relação à jornada, o 4º parágrafo do artigo 2º diz: “Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempenho das atividades de interação com os educandos”.
As redações acima dão conta, inabalavelmente, de que o Piso e a Jornada são componentes da Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), devendo sua previsão de pagamento estar contemplada no valor anual.
Colaboração: Janete Soares de Oliveira

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Asneiras de Pimentécio são criticadas por Gleber

Em entrevista recente ao jornalista Lício Braga, o ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel(PT), tem como principal argumento na defesa de sua candidatura ao governo, a tese de que o eleitor de Minas quer dar continuidade ao modelo de convivência com o PSDB mineiro, que resultou na vitória de Márcio Lacerda(PSB) em 2008 para prefeito de BH.

Cita as duas vitórias de Lula à presidência e Aécio ao governo em 2002 e 2006, e as trocas de gentilezas entre ambos para conceituar "modelo de convivência".
O ex-prefeito se coloca como tendo o melhor perfil, aquele que fará boa gestão aliado às determinantes sociais de Minas.
Caracteriza, indiretamente, Patrus como a radicalização e o discurso ideológico dos partidos de esquerda, o Ministro Hélio Costa como sendo indefinido e Anastasia como mero gestor, strictus sensus.

Esta leitura quase levou à derrota de Lula para Alckmin em BH nas eleições de 2006, tirou o PT do comando da prefeitura da capital e dividiu o partido ao meio, como demonstrou o PED.
O ex-prefeito se auto-proclama o candidato daqueles que têm maturidade e juízo, "se quiserem vencer as eleições".
Diferente disso, segundo ele, é só marcar posição. Afirma que unidade pra valer só em torno dele, pois se não for o escolhido não será candidato a absolutamente nada. E se propõe "cuidar" da Campanha da Ministra Dilma.

Ao mesmo tempo, elogia a capacidade de Anastasia, do qual se revela amigo, e cita como virtude o fato de ter sido do governo FHC, portando grande bagagem administrativa.

Pergunta: Se é para eleger um modelo de continuidade da “convivência”, será que o eleitor não preferirá o original, defendido pelo governador Aécio? Ou será que o ex-prefeito, ao dizer que "no futuro os adversários poderão também ser aliados", tem a expectativa de fazer uma aliança com os tucanos em Minas nestas eleições?

Numa coisa tem razão, a base aliada unida pode vencer as eleições para o governo do estado e ser decisiva para a vitória nacional da Ministra Dilma.

Sobre o melhor candidato, agora fico mais convicto ainda: O melhor perfil para eleger a Ministra Dilma, vencer a disputa estadual e implantar um verdadeiro governo democrático e popular em Minas é o do Ministro Patrus Ananias.
Patrus, com sua mineiridade, histórico e carisma nos emociona a todos ao vislumbrar realizar em Minas aquilo que o Presidente Lula está fazendo no Brasil.
E isto é muito diferente do que faz o atual governador tucano.
Minas precisa de um programa - e de um governo - que realize as mudanças sociais, econômicas e culturais que Minas ainda não viu no período de redemocratização do país.

Não é um mero programa de compatibilização, é de mudança mesmo. Outra coisa é discurso de “marqueteiro”, que desconhece a força transformadora dos movimentos sociais e da cidadania mineira que se robusteceram durante os 8 anos do governo Lula.

Portanto, em respeito às opiniões do ex-prefeito de BH e pré- candidato ao governo, é fundamental que a militância do PT se posicione, escolhendo o candidato do Partido.
A prévia é a solução democrática, que pode fortalecer o PT na disputa, se feita de forma transparente, com manifestação livre dos filiados e com o compromisso de todas as lideranças de se engajarem na Campanha daquele que for legitimamente escolhido pelas bases.

Evidente que a candidatura do Vice-Presidente José Alencar tanto ao governo como ao Senado e a pré-candidatura do Ministro Hélio Costa precisam ser consideradas à altura na montagem do palanque em Minas.


Gleber Naime - Secretário Nacional de Comunicação do PT

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Aécio assume candidatura ao Senado e critica PSDB

4-2-2010
O governador Aécio Neves (PSDB) disse nesta quinta-feira que tomou a decisão de ser candidato ao Senado por Minas Gerais. Foi a primeira vez, desde que desistiu da pré-candidatura à Presidência da República, que ele disse abertamente que concorrerá ao Senado. Das vezes anteriores, ele apenas admitia a possibilidade de se candidatar.
"Quem faz vida pública não conduz o seu próprio destino. Estarei à disposição do Brasil, mas a partir de Minas, e hoje meu caminho é uma candidatura ao Senado. Não saí da disputa presidencial esperando um retorno", afirmou o governador, esquivando-se da candidatura a vice de Serra.

Ao anunciar sua decisão, ele deixou claro que não saiu contente da disputa presidencial. Para Aécio, faltou "empenho" do PSDB pela sua pré-candidatura. "Infelizmente não houve, por parte do meu partido, a mobilização necessária para que essa alternativa fosse discutida e eu, para não criar um conflito maior no partido, optei por voltar-me para Minas", afirmou o governador.

Nesta semana, na cidade de Frutal, ele também reclamou: "Apresentei, a partir do ano passado, uma alternativa talvez mais agregadora, uma alternativa com um olhar muito mais no futuro do que numa disputa de vaidades, entre quem fez mais e quem fez menos. O meu partido optou por uma outra direção, não criou um fórum para essa decisão", disse.

De acordo com o governador mineiro, a sua proposta para o PSDB seria de uma convergência maior com o reconhecimento dos avanços apresentados durante o governo de Fernando Henrique Cardoso e que foram supostamente continuados pela gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que o Brasil precisa olhar para frente. Acho perigosa essa eleição plebiscitária que querem fazer - quem foi melhor, A ou B. O momento é outro. Os desafios são outros. Cada um fez ao seu tempo o que podia fazer", disse.

O Tempo