sábado, 31 de outubro de 2009

STF marca data de julgamento de Azeredo

Animação: Fernando Madureira
Após duas semanas, Gilmar Mendes cede: “Tucanoduto de Azeredo” entra na pauta da Corte para julgamento em 4 de novembro


Nos últimos quinze dias travou-se uma enorme batalha dentro do Supremo Tribunal Federal (STF).
De um lado, o presidente do STF, ministro Gilmar Mendes; do outro, a Procuradoria da República e o ministro Joaquim Barbosa insistindo para que fosse colocado em pauta o inquérito 2280 relativo às investigações e denúncias apresentadas pela Procuradoria contra o senador mineiro Eduardo Azeredo (PSDB).

Conforme noticiado por Novojornal, nos bastidores, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso lutava para que a matéria não fosse colocada em pauta, diante das ameaças de Azeredo.
A Procuradoria da República e o ministro Joaquim Barbosa insistiam que estava ficando muito mal perante a opinião pública a ingerência do senador tucano na tramitação da matéria.
Alegavam ainda que quanto mais demorassem para apreciar a matéria, mais próximo das eleições estariam, motivando especulações de que a questão era política.
Após consultar os membros da Corte e constatar que o entendimento da maioria era o mesmo do ministro Joaquim Barbosa e da Procuradoria da República, Gilmar Mendes foi obrigado a ceder, colocando a matéria em pauta.
Marcado para o dia 4 de novembro, o julgamento pela Corte será da aceitação ou não da denúncia apresentada pela Procuradoria da República, em análise ao relatório do ministro Joaquim Barbosa.
Até agora nada se sabe sobre este relatório, porém o conteúdo da denúncia apresentada pela Procuradoria da República é “consistente”, informa um dos procuradores que atuaram no caso.
O desdobramento deste julgamento é imprevisível, pois se espera de Azeredo um comportamento de “tudo ou nada”, disse um de seus assessores.
Fonte: NovoJornal

sábado, 24 de outubro de 2009

AÉCIO NEVER IRRITADO COM VAZAMENTO DE PESQUISA IBOPE-TUCANO

PSDB usa pesquisa para testar chapa José Serra-Aécio Neves

Ibope mostrou tucanos com 41% das intenções de voto, bem à frente dos 16% dados à chapa PT-PMDB

- Vazamento da pesquisa irritou o governador de Minas Gerais. Foto: André Dusek/AE-17/10/2009

BRASÍLIA - O primeiro teste da chapa puro-sangue do PSDB na eleição presidencial, com o governador paulista José Serra na cabeça e o mineiro Aécio Neves no posto de vice, provocou um curto-circuito político no partido. Pesquisa encomendada pelo ex-deputado Ronaldo Cesar Coelho (PSDB) ao Ibope mostrou a chapa tucana com 41% das intenções de voto, bem à frente dos 16% dados à chapa PT-PMDB, mas não houve clima para comemoração. Além de irritar o governador de Minas Gerais e provocar uma crise na Executiva Nacional tucana em torno do vazamento, a enquete com 2002 eleitores brasileiros entre os dias 1º e 5 de outubro pôs abaixo a tese da necessidade de se formar uma chapa Serra-Aécio para tentar derrotar o PT do presidente Lula em 2010. Com ou sem Aécio, Serra vence Dilma com mais que o dobro dos votos da petista no segundo turno.
Sozinho, em uma simulação que não menciona o nome do vice, o candidato Serra também recebeu 41% das intenções de voto, sete pontos percentuais a mais do que ele próprio alcançara na pesquisa de setembro. Foi seguido pela petista Dilma Rousseff (17%), tecnicamente empatada com o PSB do deputado Ciro Gomes (16%). A pré-candidata do PV, senadora Marina Silva, foi a preferida de 9% dos entrevistados. Na simulação em que o candidato tucano é o governador mineiro, Ciro venceria o primeiro turno com 26% das preferências. Aécio, que também cresceu 7 pontos percentuais de setembro para cá, empataria com Dilma no segundo lugar, ambos com 19% dos votos, e Marina Silva (11%) seria a quarta colocada.

"O PSDB nacional não tem minha autorização para fazer pesquisa incluindo meu nome como candidato a vice-presidente. Isso seria desperdício de dinheiro, porque essa hipótese não existe", reagiu Aécio, que levou seu protesto ao presidente nacional do partido, senador Sérgio Guerra (PE). Na suposição de que a direção partidária patrocinara a pesquisa sem aviso prévio, para pressioná-lo a assumir a vice de Serra e facilitar a vitória do PSDB em 2010, Aécio avaliou que foi atropelado e também traído pelo vazamento dos resultados.

Quando pediu explicações ao presidente do partido, contudo, o governador foi informado de que o PSDB não encomendara pesquisa alguma. Convenceu-se disso, mas aproveitou para enfatizar que não está disponível para ser vice de quem quer que seja. "Meu nome está colocado à disposição do partido para disputar a Presidência da República", sentenciou. Guerra frisou que nem sequer tivera tempo de ler a pesquisa que Ronaldo Cezar enviara na véspera à sede do partido em Brasília. Para acalmá-lo, argumentou que, segundo um representante da executiva nacional que recebera o material, o cenário com Aécio candidato e Serra na vice também havia sido testado.

Preocupados em não melindrar Aécio e ainda convencidos de que uma chapa com a dupla de governadores será "imbatível no futuro próximo", serristas de vários Estados trataram de pôr panos quentes na crise. Interlocutores de Serra procuraram Aécio e seus aliados para dizer que o governador paulista fora tão surpreendido quanto ele com a pesquisa, e mais: Serra não teve responsabilidade alguma sobre o vazamento dos dados.

Reconhecido como serrista de primeira hora, o deputado Jutahy Júnior (PSDB-BA) passou o dia repetindo que a pesquisa fora feita para uso interno e que não houve nenhuma intenção de criar dificuldade ao governador mineiro. "Tudo isto é stress pré-campanha", minimizou. "São episódios que podem gerar constrangimentos, mas serão superados pelo interesse comum", completou Jutahy, convencido de que tudo está sendo conduzido com "profissionalismo, respeito e todos os cuidados mútuos" que os dois pré-candidatos merecem.

Um aliado do governador mineiro chamou a atenção para o fato de a pesquisa liberar Aécio do sacrifício de assumir a vice, dando-lhe liberdade para optar por uma "candidatura certa" ao Senado, enquanto Serra briga pela presidência. A má notícia para os mineiros é que os números também mostram que a chapa puro sangue só mudaria o resultado final da eleição caso Serra fosse o vice de Aécio. Com este reforço, o governador de Minas sairia na frente no primeiro turno (Aécio 25%, Ciro 22%, Dilma 19% e Marina 9%) e teria chance real de vitória no segundo.

A dupla Aécio-Serra receberia 37% das intenções de voto contra 34% dados à chapa Dilma-Michel Temer. No embate com Ciro Gomes e o PDT do ministro Carlos Lupi (Trabalho) na vice, o resultado seria o empate com 35% de preferência para cada um.

Fonte: Blog Onipresente

domingo, 18 de outubro de 2009

Chefe do Crime Organizado?

Não param os escândalos envolvendo o deputado Alberto Pinto Coelho (PP). Agora seu avião envolveu-se em tráfico de droga
Divulgação

Presidente da ALMG, Alberto Pinto Coelho
O presidente da Assembleia Legislativa mineira, deputado estadual Alberto Pinto Coelho (PP-MG), vem acumulando um passivo de práticas delituosas que, segundo setores policiais, o transformou em Chefe do Crime Organizado em Minas Gerais.

Comportamento idêntico ao de ex-presidentes de outras casas legislativas de Estados vizinhos que acabaram presos. Esta é a opinião de uma força-tarefa criada para cruzar dados e analisar os diversos inquéritos instalados no País, que envolvem autoridades dos três poderes.

O objetivo deste “cadastro” será o de fundamentar a Justiça Eleitoral em decisões relativas à polêmica “lista suja”.

As acusações contra Pinto Coelho vão desde a utilização de prestígio para defender e viabilizar enormes crimes fiscais, como apurado na investigação da Polícia Federal, denominada “Operação Cevada”, onde escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagraram “sua excelência”, deputado Alberto Pinto Coelho, conversando com seu sócio Otacílio Araújo Costa, sobre a utilização de seu avião para o tráfico de drogas.

No caso do crime fiscal, caminhões da Dismar Distribuidora, empresa de Otacílio Costa, que transportavam produtos da Schincariol com notas fiscais irregulares, vinham sendo parados nos postos de fiscalização em Minas.

Coelho prometeu telefonar para os diretores de fiscalização para colocar fim às dificuldades.

As dificuldades acabaram.

Na “máfia dos combustíveis” sua participação, já narrada pelo Novojornal, chega a ser constrangedora. Porém, o pior estava por vir.

O deputado Alberto Pinto Coelho teria em sociedade com o empresário Otacílio Araújo Costa um avião e a aeronave foi flagrada sendo utilizada para o tráfico de drogas.

É isso mesmo. A desculpa do deputado foi: “Já tinha vendido o avião.”

Evidente que cabe a pergunta:

- Por que a Polícia Federal não faz em Minas o que tem feito no resto do País?
Realmente não temos respostas, mesmo porque o papel do Novojornal é apenas de noticiar.

A Polícia Federal entende que já fez seu trabalho. Entretanto, cabe constatar que a “Operação Cevada” apenas para apurar sonegação fiscal ganhou outra dimensão.

Nas gravações autorizadas pela Justiça, a força-tarefa acabou esbarrando em conversas suspeitas sobre outros negócios, incluindo autoridades.

Anderson Adauto, ex-ministro dos Transportes do governo Lula e atual prefeito de Uberaba, no Triângulo Mineiro, aparece nos grampos. Ligado a um dos cabeças do esquema de sonegação está o empresário Otacílio Costa, que usava o codinome de “José”.

Ele distribuía produtos da Schincariol nas regiões Sul e Sudeste, como narrado anteriormente, lançando mão de expedientes pouco ortodoxos, como notas frias e esquemas para driblar a fiscalização nas estradas.

Otacílio tinha contato direto com toda a direção da cervejaria e remetia R$ 1 milhão, em dinheiro, mensalmente aos chefes.

Adauto é amigo de Otacílio e chegou a alugar uma casa em Porto Seguro em sociedade com ele. A investigação revela um diálogo curioso entre os dois.

Em um dos trechos da conversa, ocorrida em setembro de 2004, Otacílio conta a Adauto que determinado processo está parado. Otacílio diz que conversou com o deputado federal Gilmar Machado (PT-MG) e pediu uma solução para o problema na Petrobras. Otacílio conta então que deu R$ 15 mil a Gilmar. E Adauto pergunta: "Você acha que ele queria 20?”

Ao ser questionado pela reportagem da revista Época, o ex-ministro teve uma reação ainda mais surpreendente.

Na primeira conversa, negou qualquer possibilidade de propina, disse que não se lembrava dos diálogos com Otacílio nem de ter apresentado o empresário ao deputado Gilmar Machado.

Quinze minutos depois, Adauto ligou para a redação da revista e se corrigiu. Já se lembrava melhor dos fatos. Desta vez, disse que havia pedido uma colaboração financeira para a campanha de Machado à Prefeitura de Uberlândia em 2004. E que Otacílio precisava de um intermediário, no caso o deputado Machado, para falar na Petrobras.

Otacílio queria abrir uma distribuidora de combustíveis no Triângulo Mineiro, diz Adauto. Gilmar Machado também mudou de opinião.

Ao ser questionado pela Época, o deputado inicialmente negou conhecer Otacílio. Quando a reportagem esclareceu que se tratava do empresário preso pela “Operação Cevada”, a memória voltou.

"Ele me foi apresentado pelo Anderson Adauto. Queria abrir uma distribuidora de combustíveis em Uberlândia”. O deputado diz ter encaminhado o pedido por escrito ao chefe de gabinete da presidência da BR Distribuidora, Diego Hemandez. "Mas não recebi nenhum centavo", diz. "Não trabalho informalmente.”

O deputado Gilmar Machado é o vice-líder do governo no Congresso Nacional e atuou como relator do Orçamento da União.

Inacreditável o quanto a política mineira encontra-se desmoralizada. Outrora havia a enorme preocupação dos políticos com seu ciclo de amizade, tudo para evitar envolver-se em escândalos.

Essa cautela foi substituída pela displicência e ausência total de pudor nos pleitos de suas “bases eleitorais” apresentados ao governo.

As pendências por práticas de crimes e contravenções passaram a ser “resolvidas” pelos legisladores. Transformaram-se em despachantes dos crimes.

O que pesa contra o deputado Alberto Pinto Coelho e comprovado por seu comportamento dentro do legislativo mineiro na defesa e articulação de interesses de outros deputados que comandam esquemas de corrupção e descaminho nas diversas áreas criminais.

Na “Operação Cevada” foram apreendidos documentos e computadores da Rede Brasil e Petróleo Ltda. e Rede Brasil Participações S/C. A transcrição dos HDs encontra-se trancada a sete chaves na Polícia Federal.

O deputado Alberto Pinto Coelho, junto com outras autoridades mineiras, teria sido sócio oculto nas empresas.

Cópia do despacho do Mandado de Segurança impetrado pela Rede Brasil e Petróleo Ltda. na tentativa de reaver os HDs aprendidos

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A Justiça do Trabalho de Minas

Dando sequência à tradição do Tribunal Regional do Trabalho de Minas, desembargadores são acusados de favorecer empresas

Os desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-3) de Minas Gerais, Antônio Fernando Guimarães e Ricardo Antônio Mohallem, irão responder no Conselho Nacional de Justiça por favorecimento em julgamentos.

O Plenário do Conselho decidiu abrir Procedimento Administrativo Disciplinar para investigar a conduta irregular dos desembargadores.

A decisão foi tomada atendendo ao pedido de Revisão Disciplinar do Ministério Público do Trabalho (MPT) em relação aos processos instaurados e arquivados pelo TRT-3 contra os mesmos.

Os magistrados são acusados pelo MPT de favorecimento em julgamentos de clientes do escritório de advocacia Vilhena & Vilhena, seja por parentesco de assessor, amizade íntima ou por vantagem econômica.

Entre os indícios contra o desembargador Antônio Fernando Guimarães, está sua estreita relação de amizade com o advogado Paulo Emílio Ribeiro de Vilhena, sócio do escritório.

O desembargador também está na mira pelo fato de residir, desde 2000, em apartamento de propriedade do filho do advogado Paulo Vilhena, João Bráulio Vilhena, pagando um aluguel simbólico de R$ 250.

A acusação contra o desembargador Ricardo Antônio Mohallem baseia-se no fato de que o desembargador é assessorado em seu gabinete por José Carlos Rabello Soares, filho do advogado Nilo Álvaro Soares, também integrante do escritório de advocacia Vilhena & Vilhena.

De acordo com o relator do pedido, conselheiro José Adônis Callou de Araújo Sá, há fortes indícios de que as condutas dos magistrados são incompatíveis com o exercício da magistratura e que, portanto, a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região de arquivar os processos é contrária aos autos. “Por isso mesmo é preciso aprofundar o exame dos fatos", afirmou o conselheiro.
Novo Jornal

Eduardo Azeredo ameaça FHC

Há mais de 15 dias aguardando para entrar em pauta na Corte do STF, denúncia contra o senador mineiro assusta ministros
Após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, pedir para que fosse incluído em pauta para análise pela Corte do recebimento ou não da denúncia contra o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), por participação no esquema de corrupção denominado “mensalão mineiro” ou “Valerioduto”, o clima fechou.

Eduardo Azeredo, que já havia ameaçado com os “mesmos argumentos”, agora utiliza os do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando da possível instalação de processo de quebra de decoro contra o mesmo pelo Senado, há quatro anos, voltou a carga.

A estratégia adotada pelo senador mineiro na época mostrou-se eficiente, pois o PSDB, a qualquer preço, celebrou uma composição com o PT para o arquivamento da denúncia.

Há muito, a maneira dos congressistas em relacionar-se no Parlamento não tem sido outra, basta verificar o ocorrido recentemente entre os senadores Fernando Collor e Pedro Simon.

Analistas da área judicial afirmam que o atual modelo de composição do Supremo Tribunal Federal coloca a Corte susceptível a este tipo de “apelo”.

Não é segredo que o atual presidente do STF, Gilmar Mendes, não tem ligado para o que pensa a “opinião pública” quando o assunto está relacionado a atos praticados pelo tucanato de alta plumagem, governo do qual foi advogado-geral. Basta verificar as atitudes tomadas pelo ministro no caso Daniel Dantas.

Joaquim Barbosa, que recentemente teve ao vivo e em rede nacional de TV uma escaramuça com Gilmar Mendes, já se demonstra bastante inquieto com a demora do assunto ser colocado em pauta.

Segundo assessores do Supremo, espera-se no máximo para esta semana a ida da denúncia a Plenário.

Políticos próximos ao senador Eduardo Azeredo garantem que sua munição é pesada e, se utilizada, poderá prejudicar a pretensão tucana de voltar ao Palácio do Planalto em 2010.

A verdade é que, seja qual for o resultado, dificilmente Azeredo terá condição de se reeleger senador por Minas Gerais. Segundo lideranças do PSDB mineiro, “quando muito ele será eleito deputado federal”. Sua pretensão seria de não perder a imunidade parlamentar.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Liderança confirmada

O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado Padre João, deve ser confirmado líder do novo bloco de oposição criado na Casa, com a entrada do PMDB. Pelo acordo firmado ontem, os peemedebistas vão indicar o líder da minoria e a vice-liderança do bloco. Ao todo são 19 deputados: 10 do PT, um do PCdoB e oito do PMDB. Os dois outros blocos que existem na Casa apoiam o governo Aécio Neves, somando 42 deputados: o parlamentar-social, integrado por PV, PSB, PSC e PPS, tem 17 parlamentares e o social-democrata, integrado por PSDB, PRTB, PMN, PHS, PTB e PR, tem 25 deputados
O articulador deste bloco de oposição é Gleber Naime, que disputa o comando do PT estadual.

domingo, 4 de outubro de 2009

FIQUE DE OLHO NO GOVERNO AÉCIO NEVES

O SINDIFISCO-MG é o sindicato que representa os Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais, que desenvolvem um trabalho estratégico e têm como missão assegurar recursos financeiros para implementação das políticas de governos.
Em função do ofício do trabalho temos conhecimento das medidas implementadas pelo governo, em relação às despesas públicas do estado.
O que pretendemos com essa mensagem é apresentar nossa versão, que difere em muito da oficial, sobre a situação da receita em Minas e os tributos praticados pelo estado.

O Ministro Patrus Ananias, recebe prêmio na Alemanha, mas a imprensa esconde

O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, encerrou o discurso de agradecimento do 1º Prêmio Políticas do Futuro (Future Policy Award) na sede da Prefeitura de Hamburgo, norte da Alemanha, na noite desta quinta-feira (1/10), afirmando: "O problema para erradicar a fome é falta de decisão política".
O prêmio foi concedido pelo World Future Council às políticas de segurança alimentar estabelecidas pela lei municipal 6.352, de 15 de julho de 1993, no Município de Belo Horizonte.
As ações foram implantadas durante a gestão do ministro Patrus à frente da Prefeitura da capital mineira.
Participaram da cerimônia cerca de 200 pessoas, incluindo o embaixador do Brasil na Alemanha, Everton Vargas, e outras autoridades consulares.
Minhas origens, na área rural de Bocaiúva (MG), me colocaram em contato com o flagelo dos retirantes que fugiam das secas em busca da sobrevivência, contou o ministro no início do discurso.
Ele falou sobre a experiência pública dos Restaurantes Populares, que começou em 1994, quando a primeira unidade foi inaugurada por ele, então prefeito de Belo Horizonte.
A cidade conta hoje com três unidades que, juntas, servem 15.000 refeições por dia.
Atualmente, o programa é parte das ações do Fome Zero e integra as políticas de segurança alimentar e nutricional do Governo Federal. Há 69 unidades em funcionamento com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) em todo o território nacional, beneficiando 110 mil pessoas por dia. O Ministério tem ainda outros 60 convênios já firmados com prefeituras para instalação de equipamentos semelhantes.
Para apresentar o principal premiado da noite, o Trio Bossa Nova, de música brasileira, interpretou "Aquarela do Brasil" na sede da Prefeitura de Hamburgo, um marco histórico da cidade que não foi destruído com o bombardeio da Segunda Guerra Mundial.
A representante da Nigéria no Conselho, Hafsat Abiola-Costello, leu um poema do mineiro Carlos Drummond de Andrade e lembrou que no país dela muitas pessoas ainda passam fome. Ela agradeceu, emocionada, os anos de serviço público do ministro Patrus Ananias.
O ministro enfatizou que todas as conquistas são compartilhadas e destacou o trabalho da assessora do Fome Zero no MDS, Adriana Aranha, que o acompanhou na viagem a Alemanha. Ela trabalhou na Prefeitura de Belo Horizonte e deu continuidade à implementação da política de segurança alimentar no Governo Federal desde o início do Ministério.
Explicando a rede de programas e políticas sociais, Patrus Ananias informou alguns resultados da superação da fome e da pobreza no Brasil. Entre 2003 e 2008, 19,5 milhões de pessoas deixaram a extrema pobreza, e a desigualdade diminuiu fortemente, segundo a FGV. Em 2005, atingimos a Meta do Milênio de redução da extrema pobreza.
O governo brasileiro, então, adotou para si metas mais ambiciosas: redução da extrema pobreza a um quarto e erradicação da fome até 2015, relatou.
E usou palavras fortes ao falar da crise: O volume de recursos empregados pelos governos para fazer frente à crise econômica mundial (da ordem de trilhões de dólares) nos mostra que o problema para a erradicação da fome não é a falta de recursos, mas de decisão política.
No encerramento, o ministro Patrus Ananias lembrou as palavras de dois nomes ligados à paz mundial: Mahatma Gandhi - Façamos em nós as mudanças que queremos nos outros - e Martin Luther King - Nós não somos o que queremos ser, não somos ainda o que vamos ser, mas nós já somos mais do que éramos.
Escolha
No ano passado, os conselheiros do World Future Council elegeram o tema segurança alimentar em função da crise de alimentos mundial e o crescente número de pessoas com fome ao redor do globo. Cinco iniciativas da Ásia, África, América Latina, América Central e Europa foram indicadas e o prêmio principal foi entregue ao Brasil. A experiência da prefeitura de Belo Horizonte foi escolhida como exemplo de solução local que pode ser colocada em prática por outros governos.
Os conselheiros do World Future Council avaliaram também que a atual estratégia Fome Zero, do Governo Federal, é um desdobramento das políticas implantadas na prefeitura de Belo Horizonte. Um filme mostrando as ações foi apresentado na cerimônia de premiação e está disponível no endereço http://tiny.cc/Fol7h
Parcerias
A convite da Prefeitura de Hamburgo e do World Future Council, o ministro Patrus Ananias, a delegação italiana e representantes do Conselho fizeram um passeio de barco no rio Elba, conhecendo a zona portuária de Hamburgo. Além de trocar experiências e relatar as ações de segurança alimentar e nutricional, assistência social e transferência de renda do governo brasileiro, o ministro Patrus concedeu uma entrevista para a TV alemã NDR.
Na mensagem final da matéria, ele afirmou: Nos banhamos nas mesmas águas, respiramos o mesmo ar.
Precisamos universalizar nossas ações, preservando nossos valores, nossas culturas, nossa identidade nacional, para construirmos um mundo de justiça e paz.
O material foi exibido na noite desta quinta-feira (1/10) no Hamburg Journal, o noticiário local.
Durante almoço no local onde os conselheiros estão reunidos, Adriana Aranha, assessora do Fome Zero no MDS, conversou com Maria Grazia Mammuccini, representante de uma ONG de Toscana, no norte da Itália, e ficaram acertadas visitas de campo para troca de experiências.
A região tem um forte trabalho de economia solidária com pequenos agricultores e já mantém parceria com o MDS para transferência de tecnologia de cisternas.
À tarde, antes da entrega do prêmio, o ministro Patrus concedeu entrevista para o principal jornal da cidade Hamburger Abendblatt. Ele explicou a criação da lei em Belo Horizonte, lembrando que o direito ao abastecimento alimentar já estava incluso na Lei Orgânica do Município, da qual foi relator como vereador. Ele também reforçou que a experiência de Minas Gerais ganhou o plano nacional com a criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, em 2004. Quando o presidente Lula me convidou para o MDS, ele tinha a expectativa de implantar as políticas de segurança alimentar de Belo Horizonte no Brasil, mas foi além e integrou outras áreas, reforçou.
O ministro Patrus Ananias encerrou a entrevista explicando a importância do prêmio: Eu vim aqui com o coração aquecido. Estou muito grato pelo reconhecimento de um trabalho coletivo, porque na vida ninguém faz nada sozinho. Tenho esperança que em breve ninguém mais vai receber um prêmio por estar lutando contra a fome porque eu espero que a fome se torne apenas uma simples lembrança do passado.
World Future Council
O World Future Council é uma Organização não governamental criada em 2004 pelo escritor sueco e ativista Jakob von Uexkull. Ele anunciou que a premiação da entidade - que trabalha para um futuro sustentável nas áreas de meio-ambiente, paz, governança, desenvolvimento humano e direitos humanos - será anual a partir de agora.
Atualmente, o Conselho reúne mais de 8 mil organizações de 200 países com o objetivo de disseminar soluções a longo prazo para os problemas globais. A sede fica em Hamburgo, na Alemanha, e a ONG possui escritórios em Londres (Inglaterra), Bruxela s (Bélgica), Washington (EUA) e Nova Delhi (Índia).
O objetivo do prêmio é sensibilizar outros líderes a tratar do tema da fome. As experiências de Cuba - projeto de agricultura urbana - e da Itália - preservação de espécies locais e desenvolvimento do agroturismo - também foram premiadas.
Concorreram ainda experiências de sustentabilidade orgânica de Kerala (Índia) e da Etiópia.(Enviado por: Carceroni)

O PT de Pimentel está manchado

Pimentel fez encontro em Belo Horizonte para preparar o PT de Minas pra ser entregue aos tucanos. Veja os últimos acontecimentos:

FERNANDO PIMENTEL E O APOIO AO PSDB EM BELO HORIZONTE NA MÍDIA MINEIRA E NACIONAL
19/01/2008 - Jornal Estado de Minas
Aécio e Pimentel abrem articulação
Segundo a matéria, em encontro reservado, Fernando Pimentel e Aécio Neves trataram da sucessão em Belo Horizonte. Tanto o governador como o prefeito disseram ter um entendimento parecido sobre o tema. Na mesma matéria, o presidente do PT-MG, Reginaldo Lopes, não descartou a aliança, mas afirmou que ela teria de ser "amplamente discutida, internamente e com aliados e que não poderia contrariar a questão programática do partido."
22/01/2008 - Jornal Estado de Minas
Cúpula petista barra dobradinha para PBH
Jornal publica que enquanto a cúpula tucana dá aval para Aécio fazer a composição o PT, o dirigente nacional Romênio Pereira, então secretário nacional de Organização, diz que "Há um sentimento da ampla maioria do PT de que vamos preparar o partido para ganhar as eleições e teremos dois adversários, que são o DEM e o PSDB".
29/01/2008 - Jornal Estado de Minas
Pré-candidtos reagem a dobradinha PT-PSDB
Jornal diz que partidos que pretendem disputar a PBH se unem para fazer frente à articulação de tucanos e petistas e reclamam por se julgar à margem das conversas.
01/02/2008 - Jornal Estado de Minas
PT nacional contra dobradinha em BH
Matéria afirma que a direção nacional iria aprovar uma resolução contra coligações com legendas de oposição. Novamente Romênio Pereira é ouvido e volta à carga contra a dobradinha. Ele diz: "Passamos oito anos na oposição ao PSDB e agora temos travado uma batalha de cinco anos contra o PSDB. Não dá para deixar de lado essa realidade em um município da importância de Belo Horizonte."
13/02/2008 - Jornal Estado de Minas
Secretário de Aécio é apresentado ao PT
Durante café da manhã entre petistas e tucanos, com a presença dos presidentes Aluisio Marques (PT-BH) e Reginaldo Lopes (PT-MG) é apresentado o candidato do PSDB à PBH, secretário Márcio Lacerda (PSB)
25/02/2009 - Jornal Folha de São Paulo
Aécio diz que PT e PSDB não precisam ser "inimigos declarados para sempre"
O governador tucano diz: "Se nós que já temos identidade em tantas questões(...) quem sabe não podemos estar juntos na construção de um grande projeto futuro".
05/03/2008 - Jornal Estado de Minas
PT cede à dobradinha
A jornalista Isabella Souto, após ouvir apenas o titular da SNAI, Romênio Pereira, diz que a tese da aliança entre tucanos e petistas ganhou o apoio da direção nacional do PT, diante do fato de Márcio Lacerda ser do PSB, partido que faz parte da base aliada do governo.
07/03/2008 - Jornal Estado de Minas
Trombada no comando do PT
Jornal publica um dia após Romênio defender aliança com o PSDB, o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, diz que declarações não passam de opinião pessoal e reafirma que decisão do DN sobre política de alianças só seria definida no dia 24 de março.
16/03/2008 - Jornal Estado de Minas
Aliança vence primeiro round
Jornal diz que a direção municipal do PT/BH usou o "rolo compressor" para abafar o grupo ligado a Patrus Ananias que propôs o adiamento da decisão sobre possível aliança com o PSDB.
17/03/2008 - Jornal Estado de Minas
Aécio quer atrair debate eleitoral a MG, mas sem briga
Nesta matéria que enaltece o governador de MG, o Estado de Minas diz que o prefeito Fernando Pimentel teria ressaltado o seu respeito por Aécio e afirmado: "Se o Brasil o elegesse, estaria elegendo um excelente presidente".
18/03/2009 - Jornal Valor Econômico / Coluna do jornalista Raymundo Costa

Pimentel elogia FHC

Leia parte da coluna, onde o prefeito Fernando Pimentel tece comentários sobre Aécio e elogia FHC:
(...) O acordo mineiro tem como pano de fundo a candidatura a presidente de Aécio Neves. O prefeito Pimentel é o primeiro a reconhecer: "Minas está unificada em torno dessa idéia de fazer o presidente da República", diz. Mas é certo também que uma particularidade local, o alto índice de aprovação das duas gestões ao final de dois mandatos, os impulsiona na direção um do outro. Pesquisa recente de um instituto nacional registra que Aécio conta com aprovação de 89% da população de Belo Horizonte; Pimentel tem 84%. (...)
(...) "Para a prefeitura, nós ganhamos a eleição com o Aécio, contra ele, não", avalia Pimentel. Pragmático, o prefeito questiona: "Por que vamos colocar em risco uma posição por algo que não tem nenhum ganho para nós"? Pimentel acha que tucanos e petistas brigam há tanto tempo que até se esqueceram por quê. Avalia que tucanos e petistas precisam abrir os olhos para um fato: "O Brasil está construindo uma agenda de longo prazo, não somos nós, mas a sociedade", argumenta. (...)
O primeiro ciclo dessa agenda foi cumprido, segundo Pimentel, no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, que deixou um legado: "O equilíbrio econômico com responsabilidade fiscal. Não tem jeito de tirar mais isso da agenda", diz o prefeito, num reconhecimento público de FHC de deixar muito petista de cabelos em pé. "Tanto que Lula manteve inclusive o núcleo duro dessas políticas". (...)
26/03/2008 - Jornal Estado de Minas
Lula freia aliança para a PBH
A matéria afirma que o presidente Lula decidiu interferir e dar uma brecada nas negociações do PT com o PSDB em BH diante das reclamações do vice-presidente José de Alencar, e dos ministros Patrus, Hélio Costa e Luiz Dulci que alegam ter sido ignorados nas conversas políticas de petistas e tucanos da capital.
30/03/2008 - Folha Online
PT-BH aprova aliança com candidato preferido de Aécio para prefeitura
Os filiados ao PT de BH aprovaram a chapa defendida por Pimentel e Aécio, mas o grupo dissidente divulga documento onde denuncia que "houve resistência ao diálogo por parte do grupo que vem conduzindo o processo de aliança com o PSDB. (...) Uma aliança pressupõe um acordo sobre metas e prioridades de governo. Mas o que tivemos foi a apresentação de candidatos, sem aprofundamento do debate". (...)
25/04/2008 - Folha de São Paulo
PT nacional proíbe aliança com PSDB em BH
"A Executiva Nacional decide comunicar ao diretório municipal de Belo Horizonte e ao encontro municipal que não autorizará, em nenhuma hipótese, o PT de participar de qualquer coligação da qual faça parte o PSDB naquela capital", diz trecho da resolução.Tão logo foi divulgada, Pimentel criticou a decisão. Além de considerá-la "equivocada", afirmou que não está "estatutariamente embasada" e informou que "usará todos os recursos disponíveis para modificá-la, fazendo prevalecer a decisão soberana dos delegados eleitos pelo voto direto da base do partido" em Belo Horizonte.
26/04/2008 - Folha de São Paulo
Pimentel se rebela contra veto do PT à aliança com Aécio
Contrariado com o que considerou "uma grosseria" com o governador de Minas, o prefeito afirmou que "o PT nacional trata como inimigo um adversário que quer se transformar num aliado". Pimentel disse que a direção nacional do PT "está optando pela linha do isolamento político que levou o PT a maus resultados no passado". (...)
Pimentel, que ontem teve uma reunião longa com Aécio, disse que "o que está sendo decidido não está no estatuto do partido". "Quem pode rever a decisão de uma convenção é só outra convenção", disse. "Acho que o presidente [nacional do PT] Berzoini cometeu um equívoco político." (...) "Temos que ter muita paciência com a Executiva Nacional: trabalham sentados em Brasília sem descolar os olhos da avenida Paulista", criticou o deputado federal Virgílio Guimarães (PT-MG).
28/04/2008 - Jornal Valor Econômico
PT de BH confronta direção nacional
Em confronto com a Executiva Nacional do PT, que vetou a aliança com o PSDB na eleição deste ano em Belo Horizonte, o Diretório Municipal da capital mineira, controlado pelo prefeito Fernando Pimentel lançou ontem o deputado estadual Roberto Carvalho como candidato a vice na chapa encabeçada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico do governador tucano Aécio Neves, Márcio Lacerda (PSB). (...) No encontro de ontem, Pimentel adotou um tom de enfrentamento. "Não podemos tolerar que venham nos dizer de São Paulo, do Rio Grande do Sul ou de outro estado , que têm trajetórias diferentes da nossa e menos exitosas, com quem devemos ou não aliar", discursou. (...)
07/05/2008 - Estado de Minas

Pimentel declara amor roxo ao PSDB

Trecho de entrevista com Fernando Pimentel: No caminho do entendimento
"PT e PSDB juntos, continua sendo uma possibilidade, não numa agremiação ou frente partidária, mas numa mesa para dialogar e construir uma agenda comum. Continuarão a disputar eleições um contra o outro, mas com alguns temas comuns, onde é possível marchar juntos no Parlamento. Meus companheiros de São Paulo, quando me ouvem falar isso, me entendem mal e acham que estou propondo uma fusão, uma integração. Não é isso. Podem ser mantidas as diferenças sérias com o PSDB, mas devemos eliminar da política brasileira a idéia de que políticos de partidos diferentes devem ser adversários e inimigos eternos."
11/05/2008 - Estado de Minas
PT inclui formalmente o PSDB na aliança
A Executiva Municipal do PT aprovou ontem por 12 votos a 4 uma resolução incluindo formalmente o PSDB na aliança com o PSB para disputar a sucessão à Prefeitura de Belo Horizonte. O documento incluiu também o PPS, outro partido que, assim como os tucanos, está fora da base do governo Lula. (...)
16/05/2009 - Jornal O Tempo

Sem aliança, relação entre Aécio e Pimentel é abalada
O bom relacionamento entre o governador Aécio Neves (PSDB) e o prefeito Fernando Pimentel (PT) pode ter chegado ao fim graças à tentativa dos dois, até o momento frustrada, de emplacar a aliança eleitoral entre seus partidos para a sucessão à Prefeitura de Belo Horizonte. Depois que o PT nacional recomendou a exclusão dos tucanos da coligação, que inicialmente previa o PSB na cabeça-de-chapa e um petista na vaga de vice, o prefeito esperava por um "gesto de generosidade" do governador. (...) Já Aécio estaria reclamando porque o prefeito teria dito a ele, no início do processo, que conseguiria emplacar a aliança formal, pois tinha o controle do partido. Ontem, o secretário de Governo do tucano e braço direito dele, Danilo de Castro, disse que a aliança ainda pode sair, desde que o PT nacional faça uma nova avaliação do veto que impôs ao PSDB. "Esperamos que o PT nacional volte atrás e que as lideranças, como Pimentel, se esforçem mais para isso", afirmou Castro. Nos bastidores, lideranças petistas afirmaram que Aécio já sabe que é praticamente impossível uma mudança de postura da direção nacional do PT.
11/07/2008 - Jornal Valor Econômico
Aécio e Pimentel lançam Lacerda em BH
(...) O prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (PT), que ao lado de Aécio foi o arquiteto da candidatura de Lacerda, também buscou imprimir a dimensão nacional desta aproximação entre tucanos e petistas em Belo Horizonte., em torno da candidatura da chapa encabeçada pelo PSB. "O que estamos presenciando aqui é um ato político de dimensão nacional. Mostramos ser possível a convergência, com parcerias sólidas que deixem de lado o sectarismo e o partidarismo mais rasteiro". Foi um desabafo de Pimentel em relação ao veto imposto pela direção nacional do partido à participação oficial do PSDB na aliança.(...)
11/11/2008 - Jornal Hoje em Dia
Pimentel defende nomes do PSDB para 2010
Em entrevista ao jornal, Fernando Pimentel declara que os nomes colocados para a eleição de 2010, principalmente a presidencial, são muito qualificados e citou, em primeiro lugar os adversários: "Não é porque são adversários de partido que eu vou tirar o mérito das pessoas. No campo do PSDB, os dois nomes que estão postos, o governador José Serra e o governador Aécio Neves são pessoas extremamente qualificadas e têm compromisso com este país. Não seria nenhum desastre para o Brasil se um destes dois homens públicos fossem escolhidos pelo voto para ocupar a cadeira de presidente", disse o prefeito.
11/02/2009 - Jornal O Tempo

Entrevista de Fernando Pimentel à revista Veja
Abaixo estão trechos da entrevista de Fernando Pimentel nas páginas amarelas da Revista Veja, onde ele não defende o partido, faz o jogo da revista que é reconhecidamente anti-petista e ainda ataca de maneira grosseira os petistas mineiros que não concordaram com a sua aliança com os tucanos que acabou por entregar a prefeitura de Belo Horizonte de mão beijada ao PSDB. E ele ainda reforça novamente o seu apoio político ao governador mineiro.

Confiram:

Veja - Parte do PT mineiro tenta barrar seu ingresso no governo federal sob a justificativa de que o senhor entregou a prefeitura de Belo Horizonte a um aliado do PSDB.

Fernando Pimentel – (...) Quanto à prefeitura, ocorreu o contrário: ganhamos uma eleição que tinha tudo para ser perdida. O PT atravessava o que eu chamo de "síndrome da derrota". Fazia dezesseis anos que estávamos no poder e o risco de perder era real, pois enfrentaríamos um candidato do governador Aécio Neves, um líder fortíssimo. Em um segundo turno, seriam todos contra o PT. A candidatura do partido foi oferecida a Patrus Ananias (ministro do Desenvolvimento Social), o único que podia nos conduzir à vitória, mas ele não quis. Agora, fica aí se dizendo alijado. A aliança com Aécio permitiu eleger um candidato do nosso campo político.
Veja - Por causa dessa aliança, o senhor é acusado de só pensar em se viabilizar como candidato à sucessão de Aécio.

Pimentel - O discurso de 2010 é balela, mas reconheço que há uma divisão no PT. O que está em jogo no partido – não só em Minas, mas em todo o país – é mais complicado. De um lado estão aqueles que, como eu, querem que o PT incorpore a nova classe média, que veio à tona no governo Lula. Do outro, estão aqueles que querem que o PT continue a ser um partido de inspiração bolchevique. Essa gente ainda acredita que o sujeito tem de ler O Capital e rezar pela cartilha marxista-leninista para militar no PT. Um setorzinho xiita de Minas pensa assim e levou de roldão líderes como Patrus Ananias e Luiz Dulci (secretário-geral da Presidência). A maioria do partido e o presidente Lula não têm essa concepção estreita.

Veja - O candidato do PT não deve criticar Aécio?

Pimentel - Ou reconhecemos que ele faz uma boa gestão, ou chamaremos os mineiros de burros. Afinal, a maioria da população aprova seu governo. Da mesma forma que Aécio diz que, se for candidato a presidente, não será um anti-Lula, se eu for candidato ao governo de Minas, não serei um anti-Aécio.

11/02/2009 - Revista nVeja

Entrevista de Fernando Pimentel
Leia trechos da entrevista, onde o ex-prefeito continua reforçando o governo tucano de Aécio Neves e chega ao ponto de dizer que o Pt não deve fazer campanha contra Aécio no Estado:
Estado de Minas - O governador Aécio Neves fala muito numa agenda pós-Lula. O senhor tem uma agenda pós-Aécio para Minas Gerais?Fernando Pimentel - Eu até tenho dito isso. Que essa ideia do pós-Lula, que é uma ideia muito bem pensada pelo governador Aécio Neves, talvez tenha que se repetir em Minas, pensar Minas por Aécio. Por que isso se coloca? Porque o governador Aécio Neves está se referindo a um governo muito bem avaliado. Então, você não pode fazer uma campanha, ele sabe disso, anti-Lula, porque quem tentar fazer isso no Brasil certamente não terá um bom resultado eleitoral. A mesma coisa em Minas. Defendo dentro do meu partido que nós não podemos fazer uma campanha contra um governo como o do governador Aécio, que tem hoje avaliação positiva de 70% ou mais dos mineiros. Então, tem que se tratar o que é possível fazer além do que está sendo feito, o que é possível fazer diferente do que está sendo feito, e não contra, e não desmontando aquilo que foi feito e que é bem avaliado. Por isso que se coloca a questão do pós-Aécio. Eu acho que a campanha em Minas terá muito essa característica: quem pode fazer Minas avançar mais a partir do que está feito, porque indiscutivelmente o governador Aécio fez um bom governo.
Estado de Minas - Entre os nomes do PSDB, o Serra é um candidato mais fácil de ser batido?Pimentel - Eu não acho. Acho que os candidatos que estão colocados no campo da oposição, que são apenas dois, são extremamente respeitáveis e competentes. E têm de ser respeitados como tal. Tanto o governador Serra quanto o governador Aécio Neves. E vou dizer mais: são dois nomes qualificados para ser presidente da República.
Agora, o eleitor escolherá o melhor projeto: se é o de continuidade deste governo, que eu acho que está dando certo, se é de uma mudança.

23/08/2009 - Jornal Estado de Minas

Colaboração: Flávia Araújo.

sábado, 3 de outubro de 2009

Rasteira em Aécio - Após filiação, Sérgio Reis apoia Serra

Apresentado como grande conquista do Partido da República, que compõe a base do governo mineiro, candidato surpreende O Partido da República (PR), que compõe a base de sustentação e apoio do governador mineiro, participando inclusive do governo com indicados para diretoria da Codemig e Copasa, precisa afinar o discurso de seus filiados.
“Esperar um procedimento politicamente coerente de um cantor é exigir muito, porém é necessária no mínimo disciplina partidária”, reclama um dirigente do partido após entrevista do cantor Sérgio Reis a uma revista artística paulista.
A reportagem do site O Fuxico relata que após se filiar ao Partido da República (PR), com o objetivo de disputar uma vaga de deputado federal por Minas Gerais em 2010, Sérgio Reis já faz planos para a carreira política.
Em entrevista, o cantor falou da emoção de disputar pela primeira vez uma eleição. Enquanto prepara a mudança para Belo Horizonte, Sérgio Reis confessa que se orgulha de conhecer cerca de 900 municípios do Estado de Minas. E garante: “Conheço mais Minas que o Aécio Neves”. (Uma correção: Minas Gerais tem apenas 853 municípios).

Confira a entrevista

O Fuxico: O que o levou a se filiar ao Partido da República (PR) pelo Estado de Minas Gerais?
Sérgio Reis: Minha ligação com Minas é muito forte.
Este é o estado brasileiro onde mais vendo discos e realizo shows. Devo muito a este povo, que me deu uns 80% do que conquistei ao longo da minha carreira. E, hoje, me sinto pronto para disputar uma vaga na Câmara Federal. Achei que já estava preparado para isso.
OF: Qual será sua plataforma de campanha?
SR: Optei por três pontos importantes: saúde, educação e infraestrutura.
As estradas que cortam Minas são terríveis. Viajo muito com meu ônibus e sei bem o que digo.
Além disso, fiquei chocado ao saber que alguns hospitais não fazem tomografia por falta de aparelhos.
Há pouco tempo, cheguei em São João Del Rei e soube que os médicos estavam em greve. E os doentes, como ficam?
OF: Você é muito popular entre os caminhoneiros. Fará uma campanha focada neste público?
SR: Eles gostam das minhas músicas, acompanham há anos meus programas de rádio... Mas, também sou popular entre as donas de casa e pessoas que gostam de música sertaneja.
Nas próximas semanas, vou divulgar a minha candidatura à Câmara Federal.
OF: Alguns artistas foram criticados por ingressar na política. Tem receio de enfrentar essa situação?
SR: Sei que o Gilberto Gil, por exemplo, não cuidou de certas áreas da cultura e não agradou a classe artística.
Mas, acredito que a minha carreira foi mais que uma faculdade. Conheci pessoas de todas as classes, problemas de todos os gêneros e passei a me relacionar com muitos políticos, com quem aprendi muito ao longo dos anos.
OF: Com tantos escândalos políticos, não tem medo por sua imagem?
SR: Não! Estarei lá para sugerir, dentro da minha capacidade, algumas melhorias para o povo. Eu sou uma pessoa correta, envolvida com o social e popular até entre os políticos. Isso vai facilitar muito a minha passagem pela câmara. Mas, nunca escondi de ninguém que o jogo de interesses me irrita...
OF: Poderia dar um exemplo?
SR: Essa história do Lula proteger o Sarney me tira do eixo. Mas, se ele não fizer isso, não conseguirá apoio para eleger a Dilma Russef... Falo de todo coração que não tenho medo de ninguém.
E mais: garanto que conheço bem mais os problemas sociais de Minas, que muitos políticos que o representam.
OF: Diz isso por viajar muito pelo Estado com seus shows?
SR: Claro! Desde 1973 faço shows em Minas Gerais, onde me apresentei em 853 cidades. Em algumas delas já estive mais de dez vezes. Conheço mais Minas que o Aécio Neves. Ele é muito jovem.
OF: Então, não acredita que ele tenha chance de se tornar Presidente da República?
SR: Ainda não. O Aécio pode ser dedicado, estudioso, mas ainda é moço. Tem menos experiência que o José Serra, que fez um bom trabalho no Ministério da Saúde e administrou São Paulo, que é gigante e cheio de problemas.
OF: Qual sua ambição política?
SR: Não tenho. Quero apenas retribuir tudo que conquistei com meu trabalho. Se tenho dinheiro e sucesso, devo aos brasileiros que compraram meus discos, foram aos meus shows, conferiram meus programas. Ajudo projetos sociais não por ser bonzinho, mas por consciência de que é minha obrigação. E se um dia eles quiserem me levar ao Senado, terei obrigação de representá-los. Veja o caso do Frank Aguiar. Ele é um menino inteligente, do bem, que se preocupa com o povo do Piauí e vai crescer muito mais na política.
OF: É verdade que pretende se mudar para Belo Horizonte?
SR: Sim. Eu e minha mulher andamos analisando alguns imóveis, mas vamos decidir com calma. Adoro esta cidade e há tempos vinha planejando isso. Agora tenho uma ‘desculpa’.