segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fabiany Ferraz é eleita prefeita de Almenara

Em Almenara, venceu o pleito a candidata Fabiany Ferraz Figueiredo (PDT), com Wilmar Guimarães de Matos como vice (DEM), da coligação "O Progresso faz a diferença". Eles conseguiram 10.998 votos (58,85%). Em segundo lugar, ficou a candidata Gercira Gomes Cardoso (PMDB), da Coligação “A Força do Povo”, com 7.188 votos (38,47%). De acordo com a Polícia Militar, foram registrados 28 boletins de ocorrência referentes a crimes eleitorais, dentre eles, manifestação publicitária, boca de urna, venda de bebida alcóolica, panfletagem e compra de votos.
O comparecimento às urnas em Almenara foi de 19.749 eleitores (71,52%). Foram 244 (1,24%) votos brancos e 818 (4,14%) nulos. A abstenção foi de 28,48% (7.863 ausências).

Em Junho de 2009, Fabiany Ferraz Gil Figueiredo, que era presidente da Câmara de Almenara, foi nomeada pelo juiz eleitoral Christyano Lucas Generoso, como prefeita interina. Ela assumiu o cargo no lugar do prefeito reeleito e cassado, Carlos Luiz de Novais (PDT) e do vice, Exupério Ferreira Pires, por compra de votos.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) cassou o mandato de Carlos Luiz de Novais e do vice, Exupério Ferreira Pires no dia 30 de junho (terça-feira) do ano passado, após a justiça comprovar que o prefeito teria ligação realizado várias ligações da rede de abastecimento de água em várias casas em troca de votos.

Robson Gomes derrota Cecília e é eleito prefeito de Ipatinga

Robson Gomes (PPS) é o prefeito eleito de Ipatinga. Ele obteve 74.809 votos (57,78%) e derrotou a candidata petista, Cecília Ferramenta, com 51.955 votos (40,13%). Ilton Câmara (PRTB) foi votado por 2.09% dos eleitores. O índice de abstenção foi de 19,13%. O resultado confirma os números da pesquisa DataTempo/CP2, divulgada anteontem. O levantamento espontâneo apontou para a vitória do candidato do PPS com 17 pontos percentuais de frente em relação à petista.
A eleição de Robson, que já exerceu o cargo interinamente em função de ser o presidente da Câmara de Vereadores no momento dos impedimentos dos primeiro e segundo colocados na eleição de 2008, encerra um período de revezamento entre administrações do PT e do PMDB de 20 anos.
"O resultado nas urnas refletiu a aprovação de meu governo pela população de Ipatinga", afirmou Robson depois de confirmada a vitória. Ele ainda fez questão de agradecer a seus eleitores.
A eleição transcorreu em clima tranquilo e sem ocorrências graves. Pela manhã, durante a votação, os dois pré-candidatos se mostraram otimistas em relação à vitória. Robson Gomes votou no colégio Amaro Lanari. Demonstrando confiança, ele posou para fotos como vitorioso. "Trabalhamos muito visitando rua por rua. O calor humano nos faz acreditar que vamos fechar essa caminhada com chave de ouro, com a vitória".
Já Cecília Ferramenta votou em um colégio no bairro Cidade Nobre. "Falta muita gente para votar ainda. Que todos venham exercer a sua cidadania e escolham o melhor projeto para a cidade que é o do PT", disse
Um incidente marcou o dia dos candidatos. Cecília Ferramenta (PT) foi ao local onde Robson Gomes iria votar e no horário previsto para a chegada de seu adversário. Os dois quase chegaram a se esbarrar no portão do colégio. Quando percebeu a movimentação dos petistas, Robson foi embora e retornou uma hora depois.
Arma. No momento da votação de Robson Gomes, militantes petistas informaram que o deputado federal e delegado de polícia licenciado Alexandre Silveira, principal cabo eleitoral do candidato do PPS, estava armado. "É uma forma clara de intimidação. Ele tem que resolver se é deputado ou delegado. Eu não vi, os assessores é que viram. Se tivesse visto, daria voz de prisão para ele", disse o deputado estadual Durval Ângelo (PT).
Alexandre Silveira minimizou. Sou delegado de polícia e tenho porte livre de arma, que inclusive fica em meu veículo. Tenho direito de usá-la no lugar onde eu for. Não entrei no local de votação com a arma. Isso é uma tentativa de criar um fato novo", disse.
Fonte: O Tempo 

quarta-feira, 26 de maio de 2010

STJ mantém decisão de proibir a BHTrans de multar em BH

A segunda turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve na noite de ontem (terça-feira - 25) decisão tomada em novembro do ano passado de proibir a BHTrans de multar no trânsito da capital.
Com a decisão dos ministros do STJ, a Prefeitura de Belo Horizonte pretende recorrer ao Supremo Tribunal Federal nos próximos dias para garantir o poder de polícia aos agentes da BHTrans.
Representantes da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) estão reunidos na manhã desta quarta-feira (26) para avaliarem se vão recorrer da decisão do STJ.

Histórico

No dia 10 de novembro de 2009, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, por unanimidade, que a BHTrans não teria poder para aplicar multas de trânsito na capital mineira. A Turma deu provimento ao recurso especial do Ministério Público de Minas Gerais.
Desde a data, os agentes podem apenas fiscalizar o trânsito, e as infrações ficam somente a cargo do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar e da Guarda Municipaol. Segundo os ministros, por ser uma empresa de capital misto, que visa lucros, a BHTrans não pode ter poder de polícia. As informações são do site do STJ e jornal O TEMPO.

Professores aprovam fim da greve e aulas voltam amanhã

Retorno ao trabalho acontece sem a principal exigência: reajuste de salários. Decisão é temporária e depende de comissão

Depois de 47 dias de greve, muitas idas e vindas na negociação com o governo e sem reajuste, os professores da rede estadual de ensino de Minas decidiram, ontem (25) à tarde, retornar às salas de aula. A decisão, que foi tomada em uma assembleia que contou com a participação de 8.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, ainda não é definitiva.
Na votação, os professores deixaram claro que a paralisação poderá ser retomada caso o plano de remuneração, previsto no acordo com o governo não seja cumprido. Os professores voltam ao trabalho hoje (26), mas as aulas só serão retomadas efetivamente amanhã (27). Pelo acordo, a reposição dos dias parados ficará a cargo de negociação entre as escolas e os colegiados.
A decisão sobre a retomada da greve aconteceu sob um clima tenso. Uma parcela expressiva dos professores que lotaram a praça Carlos Chagas (da Assembleia) resistiu à proposta de volta ao trabalho. Diante do impasse, a decisão precisou ser colocada em votação por duas vezes.
O acordo entre a categoria e o governo definiu também que não haverá demissões ou punição para os grevistas, como corte dos dias parados. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) conseguiu do governo a promessa de que o pedido de execução da ação que estipulou multas à entidade pela paralisação será retirado.

Acordo com Estado gera incerteza

A greve, que começou no dia 8 de abril, não alcançou seu principal objetivo. O esperado aumento do piso salarial dos professores não foi efetivado durante as negociações com o Estado. Atualmente, R$ 935 são pagos para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais. O reivindicado era R$ 1.312,85 para o mesmo período. As informações são do jornal O TEMPO

Azeredo articula candidatura à reeleição para o Senado

Azeredo patrocina movimento pela candidatura de Aécio como vice de Serra para que componha com Itamar a chapa de candidatos ao Senado

Imaginando-se acima do bem e do mal e ciente da existência em Minas de um esquema eleitoral corrupto onde o voto é comprado para os diversos níveis de candidatura, propiciando, por exemplo, ao candidato ao Senado conseguir eleger-se financiando diversos candidatos a deputado federal e estadual que por sua vez compram dos prefeitos e vereadores o apoio nos diversos municípios.

Evidentemente que o Ministério Público Eleitoral, assessorado pela área de inteligência da Polícia Federal, poderia acompanhar estas “negociações” e desmontá-las em menos de um mês.

Uma meia dúzia de agentes infiltrados na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em menos de uma quinzena faria o levantamento indicando os “negociadores”.

Devido ao afrouxamento dos valores éticos, a mais alta Casa Legislativa de Minas transformou-se em um balcão de negócios, onde nomeações, obras públicas e apoios a grupos transgressores tornaram-se moeda de troca.

Porque o Ministério Público Eleitoral não promove esta fiscalização? Sinceramente não sabemos.

Há poucos dias o jornal “Estado de Minas” denunciou o funcionamento de um enorme esquema de notas frias e o Ministério Público Estadual prometeu investigar e punir os envolvidos.

Nos termos da lei orgânica do Ministério público, o primeiro passo para a realização de uma investigação é a instalação de um inquérito.

Como o caso foi de enorme repercussão, merecendo uma série de reportagens acompanhadas de provas e documentação, no mínimo o Ministério Público deveria noticiar o número do inquérito instalado, assim como a pauta das oitivas e outros procedimentos.

Algo que a mais simples delegacia de polícia do menor município consegue fazer. Ao contrário, o silêncio sobre o assunto é sepulcral. A estrutura de comunicação do Ministério Público existe e quando o caso é para denegrir a imagem de um desafeto, funciona com primazia.

Constitucionalmente o responsável pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais é seu presidente, neste caso, o deputado Alberto Pinto Coelho (PP). Indagamos à assessoria do deputado e fomos informados que ele ainda não foi ouvido.

Quando Novojornal cita como exemplo a pretensão eleitoral do senador Eduardo Azeredo, o faz por ter o mesmo comprovadamente (perante o Supremo Tribunal Federal), praticado todos os delitos anteriormente narrados.
Diga-se de passagem, as provas contra Azeredo só vieram a público, devido à tramitação de o processo ter ocorrido no STF. Em Minas, quase uma década antes, repousava nas gavetas do Ministério Público Estadual a mesma prova.

Não por ineficiência de promotores e procuradores e sim por intervenção direta do então procurador-geral de Justiça que “avocara” o processo.

Talvez seja coincidência, porém, com a aprovação do projeto “ficha limpa” no Senado, e a procura da população por informações de seus candidatos, sumiram do site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e da Justiça Federal em Minas a movimentação dos processos criminais envolvendo as “autoridades mineiras”.
Fonte: Novo Jornal

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dissidentes do PV criam "Partido Livre" e vão apoiar Dilma

Em processo de legalização, o Partido Livre deve ser o vigésimo oitavo partido político brasileiro registrado junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Formado por dissidentes do PV de 15 Estados, que discordam do rumo da legenda nos últimos anos, o Livre realizou seu primeiro encontro nacional no último sábado (22) na Câmara Municipal de Belo Horizonte.
O presidente do novo partido em Minas Gerais e um dos fundadores do Livre, Carlos Magno Taborda, disse ao Terra que um dos motivos que levou o grupo, formado basicamente por jornalistas e acadêmicos, a fundar o partido é porque eles "não aceitaram o fato do PV colocar Marina Silva como pré-candidata à presidência".
O primeiro encontro nacional do Livre irá formalizar o apoio do novo partido à pré-candidata a presidência Dilma Rousseff (PT). Os militantes do Livre se encontraram com a petista, no Rio de Janeiro, e decidiram pela manifestação a favor da ex-ministra. "Entre os três pré-candidatos, acreditamos que a Dilma se identifica mais com nossas ideias", diz o líder do novo partido em Minas.
Segundo Taborda, o novo partido já somou mais de 100 mil assinaturas desde novembro de 2009. "Esperamos nos registrar no TSE em dezembro deste ano". A Executiva Nacional do Livre é formada por membros de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Espírito Santo.

Tucanos criaram em Minas governo de falsos resultados

RODRIGO NARCISO

Doutor em Economia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), professor da Escola de Governo da Fundação João Pinheiro, em Belo Horizonte, e coordenador do Centro de Estudos de Conjuntura do Departamento de Economia da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), o professor Fabrício Augusto de Oliveira é autor de vários livros sobre economia e finanças públicas. Em 2010, produziu o artigo “Contabilidade Criativa: como chegar ao paraíso, cometendo pecados contábeis – o caso do governo do Estado de Minas Gerais“. Este trabalho examina o significado e a prática da Contabilidade Criativa, instrumento usado por administrações públicas e privadas para maquiar e apresentar resultados mais favoráveis de seu desempenho. Nesta entrevista a Brasília Confidencial, Fabrício Oliveira identifica práticas do Governo de Minas, então sob comando de Aécio Neves (PSDB), onde essa manipulação se manifesta.

Brasília Confidencial - O que é a Contabilidade Criativa?

Fabrício de Oliveira – É um artifício contábil usado pelos administradores públicos e privados para ocultar resultados negativos de suas atividades ou para produzir melhores resultados em relação aos que foram efetivamente alcançados. Trata-se, assim, mais claramente, de uma maquiagem da realidade patrimonial de uma entidade, por meio da manipulação de dados contábeis, para apresentar uma imagem mais favorável de seu desempenho. A não ser nos casos em que essa prática contábil provoca prejuízos para investidores, acionistas ou fornecedores, ela não se configura legalmente como crime, apenas se vale de brechas, omissões e falta de melhor regulamentação das regras contábeis para produzir resultados mais favoráveis para a entidade privada ou pública. Mas, ao prejudicar a credibilidade das informações apresentadas, induzindo seus usuários a erros de avaliação, representa uma prática eticamente condenável.

BC – Os Relatórios do Tribunal de Contas de Minas Gerais constatam que, entre 2003 e 2006, os cálculos da Receita Corrente Líquida (RCL) realizados pelo governo estadual foram sempre superiores aos do Tribunal. Significa que o governo de Minas se valeu da Contabilidade Criativa para inflar sua receita e os resultados do programa “Choque de Gestão”?

Fabrício – De fato, entre 2003 e 2006, e, em menor dimensão, também em 2007, o cálculo da Receita Corrente Líquida (RCL) realizado pelo Poder Executivo de Minas Gerais foi sempre superior ao realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-MG). Isso se explica porque o Executivo deixou, durante este período, de considerar várias deduções previstas em lei para a realização deste cálculo, incorrendo em duplicidade na contabilização de algumas de suas receitas e alargando, indevidamente, essa base. Só a partir de 2007 é que começou, efetivamente, a haver uma convergência desses valores, provavelmente devido a um acerto da metodologia entre as duas instituições. Ao inflar essa base, todos os indicadores da Lei de Responsabilidade Fiscal apresentaram resultados bem melhores do que os que vinham sendo alcançados.

BC – Ao alargar indevidamente a base da Receita Corrente Líquida, quais foram os benefícios alcançados pelo governo do Estado?

Fabrício – O conceito de Receita Corrente Líquida dos governos é usado como parâmetro para o cálculo dos principais indicadores das finanças públicas previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, como, por exemplo, os de gastos com pessoal e de endividamento. No caso das despesas com pessoal, esse limite é de 60% para os gastos do Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, mas o limite prudencial é de 57%. No da dívida, o limite atual é de duas vezes o valor dessa receita para o governo se considerar perfeitamente enquadrado nas normas da Lei. Quando ocorre esse enquadramento, ele passa a ter condições legais de voltar a tomar empréstimos no mercado, ou seja, de lançar mão do endividamento como forma complementar de financiamento de seus gastos. Pelos cálculos do TCE, isso só teria ocorrido a partir de 2006. Pelos do Executivo, em 2005, ano em que recebeu autorização para retornar ao mercado de crédito e para voltar a contratar dívida. Sem dúvida, um grande benefício, além do fato de que tal situação foi vendida para a população como resultado de uma administração competente no manejo e administração das contas públicas.

BC - O governo de Minas usa o critério do Resultado Orçamentário para mostrar que as contas públicas têm se apresentado superavitárias desde 2004. O senhor diz que este critério pode esconder desequilíbrios que não estão à vista. Quais são esses desequilíbrios?

Fabrício – O conceito usado pelo governo pouco nos diz sobre a situação e o desempenho das suas contas, porque ele contabiliza, do lado das receitas, as operações de crédito, que se referem a empréstimos contratados exatamente para fechar o orçamento. Assim, uma situação de superávit ou equilíbrio pode estar ocultando uma situação de desequilíbrio das contas. Em segundo lugar, os governos que renegociaram a dívida com a União, em 1998, não têm mais registrado, no orçamento, a parcela dos juros dessa dívida que não são pagos, transferindo-os diretamente para o seu estoque. Como o pagamento desses encargos está limitado em 13% de sua Líquida Real e, no caso de Minas Gerais, o estoque dessa dívida, que atualmente supera os R$ 50 bilhões, é corrigido pela variação do IGP-DI acrescentado de juros reais de 7,5% ao ano, os juros pagos, que aparecem no orçamento, têm sido sempre bem inferiores aos efetivamente devidos. Essa diferença não aparece no orçamento, sendo diretamente incorporada ao estoque da dívida. Se inscrita no orçamento, em lugar do superávit que o governo tanto alardeia na sua estratégia de marketing, apareceria um déficit, às vezes bem elevado, indicando que não foi realizado nenhum ajuste estrutural de suas contas e que, ao contrário, o passivo do governo é crescente no tempo.

BC - Quais fatores contribuíram para o aumento da Dívida Líquida Consolidada (DCL) do estado de Minas Gerais, que evoluiu de R$ 30,5 bilhões, em 2002, para R$ 52,2 bilhões em 2009?

Fabrício – Não restam dúvidas de que são os encargos da dívida do governo renegociada com a União que têm alimentado e devem continuar alimentando o crescimento de seu estoque no tempo, já que os juros que são anualmente pagos, limitados em 13% de sua receita corrente líquida, são insuficientes para cobrir os juros totais, o que termina aumentando o seu estoque. Nesse estoque não estão contabilizados muitos precatórios e outras dívidas e também outros passivos ocultos ainda não reconhecidos, o que nos permite inferir que o endividamento do governo do estado é bem maior do que os números atualmente divulgados da Dívida Líquida Consolidada. Além disso, desde 2005 o governo voltou a contratar novos empréstimos para financiar investimentos, o que deve agravar sua situação financeira nos próximos anos e aumentar o comprometimento da receita com o pagamento de seus encargos, engessando ainda mais o orçamento estadual.

BC - O Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS) diz que, ao contrário do que informa o governo de Minas, o estado destina para a saúde menos recursos do que exige a Emenda Constitucional 29, não raro figurando entre os estados que apresentam a pior performance no cumprimento desta determinação constitucional. Por que há essa discordância entre os cálculos do SIOPS e do governo do estado?

Fabrício – Isso também é verdade. Desde 2004, o governo do estado tem divulgado que os gastos que destina para a saúde têm sido superiores ao índice mínimo estabelecido pela Emenda Constitucional n. 29, que é de 12% da receita de impostos e transferências constitcionais. O SIOPS, que é um órgão do Ministério da Saúde criado para fazer o acompanhamento da implementação da Emenda 29 e verificar o seu cumprimento, não concorda com os cálculos do governo, pois considera que neste cálculo estão incluídas várias despesas que não representam gastos especificamente com as “ações e serviços de saúde”, de acordo com as diretrizes estabelecidas pela Resolução 322, do Conselho Nacional da Saúde, de 08/05/2003. Gastos com inativos do setor da saúde, com oferta de serviços para clientelas fechadas, com saneamento básico e mesmo com medicamentos/vacinas para animais são geralmente excluídos do cálculo deste índice pelo SIOPS. Em 2007, por exemplo, enquanto o governo do estado de Minas calculou que despendeu 13,3% de suas receitas com o setor da saúde, para o SIOPS esse percentual foi de apenas 7,09%. Em 2008, último ano de que se dispõe de cálculo deste órgão, o índice de Minas Gerais foi de apenas 8,65%. Para o governo do estado, de 12,2%. A inexistência de regulamentação dessa matéria, ainda em tramitação no Congresso Nacional, permite estes malabarismos contábeis sem nenhuma punição para o governo e ainda lhe dá argumentos para realizar propagandas sobre seu compromisso com o social, já que os números do SIOPS são desconhecidos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Greve dos professores ganha a simpatia de pais e alunos

Ao contrário do esperado pelo governo mineiro, pais e alunos colocam-se solidários com as reivindicações dos professores
Após a tentativa sem sucesso de enfraquecimento do movimento sindical representativo da classe dos professores, o governo mineiro colhe outra derrota.
Os pais e alunos já começam a dar sinais de solidariedade com os professores sinalizando com a possibilidade de participar das manifestações da classe.
Depois de comprovado que, em 2008, a própria secretária de Educação, Vanessa Guimarães, garantiu a aplicação do piso nacional como vencimento básico a partir de 2010, o governo mudou seu discurso passando a argumentar que por ser período eleitoral, não poderia conceder aumento.
Novamente, sua argumentação foi desmontada diante da constatação de que não se trata de conceder um aumento e sim cumprir uma lei, desta forma seria um absurdo argumentar que a lei eleitoral impede o cumprimento de outra lei.
“Na verdade os negociadores esgotaram sua credibilidade na mesa de negociação e agora tentam dividir a categoria”. Afirmou uma mãe de aluno que participou nesta quinta-feira (20) das manifestações.
“O governo estadual parece não estar avaliando corretamente o movimento grevista, ou está apostando no confronto”, informou um líder sindical.
“Em qualquer negociação, o principal é a confiança e credibilidade entre as partes e, nesse caso, o governo já perdeu os dois”, concluiu.

PF indicia irmãos Perrella, dirigentes da Raposa por enriquecimento ilícito.

Dirigentes do Cruzeiro estão sendo investigados por crime contra o sistema financeiro nacional
Segundo o diário Estado de Minas de ontem (quinta-feira 20-05-2010), o deputado Zezé Perrella e seu irmão Alvimar Perrella, dirigentes do Cruzeiro, foram indiciados por crime contra o sistema financeiro nacional em um inquérito aberto pela Polícia Federal para investigar denúncia de enriquecimento ilícito.
Eles são acusados de lavagem de dinheiro e evasão de divisas na venda para o exterior do zagueiro Luisão, vista como uma negociação de fachada com um clube do Uruguai, em 2003. Na ocasião, a negociação envolveu US$ 2,5 milhões, com sua venda para o Central Espanhol Futebol Clube, de Montevidéu, ligado ao empresário Juan Figer. Entretanto, apenas três dias depois, ele foi revendido para o Benfica, de Portugal, por US$ 1.597.791,61 - US$ 1 milhão a menos que o divulgado.
Esta diferença é vista pela PF como uma ponte comercial para ocultar recursos não declarados ao fisco, já que, os valores ocultados teriam voltado de maneira ilegal para o Brasil, sendo pulverizados na contabilidade de empresas supostamente controladas pelos dirigentes cruzeirenses.
Além desta negociação, a venda do volante Ramires ao Benfica por 7,5 milhões de euros, também está sendo investigada, uma vez que o mesmo recurso da passagem-relâmpago pelo Central Espanhol teria sido utilizado.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Hélio Costa "caiu na real"

Finalmente o candidato do PMDB, Hélio Costa, entendeu o quanto sua candidatura é frágil na base do governo Lula em Minas

Depois da gigantesca demonstração de força junto à direção nacional do PT, que praticamente impôs a união em torno de sua candidatura ao Governo de Minas, o ex- ministro Hélio Costa viu minguar sua aceitação junto à base do Partido dos Trabalhadores em Minas Gerais.
O boicote à chamada “reunião de Juiz de Fora”, ocorrido no último fim de semana, foi a maneira simbólica do grupo liderado por Fernando Pimentel demonstrar seu inconformismo com a possibilidade de apresentar um vice na chapa de Hélio Costa.

O grupo pretende ter uma candidatura própria ao Governo do Estado.

Se o boicote à “reunião de Juiz de Fora” ocorresse através do grupo de Patrus, poder-se-ia entender que Dilma não tinha conhecimento. Porém, Fernando Pimentel compõe a equipe da campanha de Dilma, desta forma ela sabe o que está ocorrendo.
Integrantes do partido chegam a afirmar que Pimentel não faria nada sem antes consultar a candidata Dilma.
Esta indecisão do PT é vista por alguns petistas históricos como uma cautela. Para estes, o ex-governador Aécio Neves ainda não colocou todas as cartas na mesa. E, no início de junho, poderão ocorrer novidades em relação ao PSDB.
A proximidade da candidatura de Hélio Costa com o PSDB mineiro também vem causando insatisfação junto à militância petista.
Acertar com a direção pelo visto tem sido coisa fácil para Hélio Costa. Já convencer a militância, vem demonstrando não ser tão fácil.
Agora é esperar o início de junho.
Fonte: Novo Jornal

domingo, 16 de maio de 2010

Petistas criticam falta de Pimentel a encontro da base

A ausência do pré-candidato do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel, no evento da base do presidente Lula em Juiz de Fora, nesse sábado, causou reações diferentes em petistas e aliados. Neste domingo, durante ato de lançamento da pré-candidatura do ex-deputado Rogério Correia à Assembleia, petistas ligados ao ex-ministro Patrus Ananias criticaram a ausência de Pimentel.

“O Fernando (Pimentel) deve priorizar sim as demandas de Minas como vencedor das prévias, até para que o nome do PT se fortaleça frente aos outros partidos. A não ida dele enfraquece essa ideia de que o PT possa encabeçar a chapa. Espero que nos próximos (encontros)ele compareça, e a militância do PT possa ter certeza que vamos priorizar de fato o governo do Estado”, avaliou Correia.

Já o líder da oposição na Assembleia, o deputado Padre João, minimizou a ausência e disse que a ausência foi um “imprevisto”. “O Pimentel está também na coordenação da campanha da Dilma, com muito trabalho”, alegou.

A deputada federal Jô Moraes (PCdoB), que também foi ao encontro, avaliou a ausência como um erro de estratégia de Pimentel. “Pode ter sido uma leitura dele de que, como não está estabelecido o processo objetivo de quem será o candidato, talvez seja melhor ele não ter ido. Acho que uma leitura imprecisa. O palanque que se constituiu em Juiz de Fora foi um palanque com uma dimensão e uma densidade política forte”, analisou Jô. O ex-ministro Patrus Ananias disse que seria uma "temeridade" da parte dele se comentasse a ausência, que ficou sabendo ao folhear os jornais.

sábado, 15 de maio de 2010

Militância do PT não vai a primeiro encontro com Hélio Costa

PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

No primeiro deslocamento da Caravana por Minas --ação idealizada para fortalecer o palanque único da presidenciável Dilma Rousseff (PT) em Minas Gerais--, realizado hoje em Juiz de Fora, a militância do PT municipal e de cidades da Zona da Mata não compareceu ao encontro regional com o PMDB do senador Hélio Costa, pré-candidato ao governo de Minas.

Faltou até mesmo o ex-prefeito petista Fernando Pimentel, cuja ausência foi justificada com um chamado de Brasília em cima da hora.

A ideia da Caravana por Minas é fortalecer pelo Estado a aliança que sustentará o palanque único de Dilma Rousseff, pré-candidata do PT à Presidência, no segundo colégio eleitoral do país, com 14,2 milhões de eleitores.

A preocupação principal está sendo quebrar a resistência dos petistas a Costa, que lidera as pesquisas de intenção de votos e é o preferido do presidente Lula para concorrer ao governo de Minas, devendo Pimentel disputar o Senado.

No evento ocorrido em um ginásio esportivo da cidade, encerrado no começo da tarde, Pimentel estava sendo esperado até que, do palanque, foi anunciado que ele estava em Brasília cuidando da campanha de Dilma, da qual é um dos principais coordenadores.

Os petistas no palanque eram apenas quatro líderes do PT local e os deputados federais Miguel Correa Jr. e Reginaldo Lopes --este presidente do PT-MG. Os dois deputados são do grupo de Pimentel dentro do PT mineiro.

Ninguém do grupo de interlocução do ex-ministro petista Patrus Ananias --nem ele próprio-- compareceu. Integram a caravana líderes políticos do PMDB, PT, PC do B, PR e PRB. No começo de junho o nome de Costa deve ser confirmado por esses partidos como o candidato único da aliança pró-Dilma.

Para tentar tirar a militância do PT de casa e envolvê-la na sua campanha, Costa começou a fazer críticas públicas à gestão do PSDB no Estado, que teve início com Aécio Neves --que concorrerá ao Senado-- e continua desde março último com o governador Antonio Anastasia, que tentará a reeleição.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Situação da Unimontes é debatida em audiência pública na ALMG

A pedido do deputado Padre João (PT) — líder do bloco PT/PMDB/PCdoB na Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (ALMG) —, a Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia e Informática desta Casa realizará amanhã, quarta-feira, dia 12, às 10h, uma audiência pública para debater os desafios colocados para a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
O intuito é discutir meios de busca de soluções para que a Unimontes obtenha mais recursos orçamentários e tenha plena autonomia universitária.
Com mais de 50 cursos de graduação, a qualidade da Universidade é amplamente reconhecida pelo MEC. Porém, as dificuldades de financiamento afetam diretamente a infraestrutura dos cursos, as condições de trabalho e, principalmente, os salários dos professores e demais servidores públicos. São estes que trabalham permanentemente e com esforço para a construção de uma universidade pública, gratuita e de qualidade, que atenda o Norte de Minas e seja uma referência em ensino, pesquisa e extensão
Minas Gerais é, hoje, o Estado da federação que gasta menos com ensino superior. E um eficaz sistema de educação superior é fundamental para alcançarmos o desenvolvimento social e econômico, reduzindo as desigualdades, ampliando o conhecimento e gerando inovações tecnológicas.
Foram convidados para a reunião representantes da Secretaria de Planejamento e Gestão (SEPLAG); Secretaria de Ciência e Tecnologia; Associação dos Docentes da Unimontes (Adunimontes); DCE Unimontes; Sindicato dos Servidores da Unimontes e Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Data: 12 de maio de 2010 (Quarta-feira)
Horário: 10h
Local: Auditório da ALMG (Rua Rodrigues Caldas, 30 – Santo Agostinho – BH/MG)
Mais informações com Mariana Starling nos (31) 2108.5415 / 8881.4601

quinta-feira, 6 de maio de 2010

O PT DEVE EXPLICAÇÕES

* Por Geraldo Elísio

“Há três espécies de cérebros: uns entendem por si próprios; os outros discernem o que os primeiros entendem; e os terceiros não entendem nem por si próprios nem pelos outros; os primeiros são excelentíssimos; os segundos excelentes; e os terceiros totalmente inúteis”. - Maquiavel
O PT de Minas Gerais deve uma explicação ao povo do Estado. Fonte segura do partido, cujo nome pediu para ser mantido em sigilo, deu uma informação preciosa a este repórter. Somente foram apurados 64% dos votos das últimas prévias envolvendo o ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, e o ex-ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, para saber qual dos dois enfrentará o candidato patrocinado pelo ex-governador Aécio Neves, até o momento o atual governador Antonio Anastasia. Até aí nada de mais. O próprio site do PT discretamente informa isto.
Quer dizer, 34% dos votos não foram apurados e se fossem dariam a vitória ao ex-ministro Patrus, não ao ex-prefeito de Beagá, Fernando Pimentel. Aí a informação começa a ganhar relevância.
A fonte acrescentou que o grupo do ex-ministro Patrus Ananias, diante de “informações preocupantes” realizou uma “apuração paralela”, e citou dois exemplos: “Em Buritizeiro, região norte de Minas, Patrus obteve 61 votos e Fernando Pimentel, 1 voto. Em Varzelândia, também no Norte do Estado, Patrus atingiu a marca dos 44 votos, contra apenas 4 de Pimentel. Estes votos não foram apurados e sequer computados. A vitória de Pimentel foi por uma margem de apenas 2%”.
A mesma fonte garante que “houve um acordo entre Pimentel e Patrus no sentido de que os votos que não chegassem a Belo Horizonte até as 14 horas do dia das prévias não seriam contabilizados”. Ora, todo mundo sabe o tamanho de Minas Gerais, sabe que as distâncias são tão grandes que este propósito resultaria no que resultou.
Por quê? Quais interesses estão por trás deste jogo político que segundo a fonte “configura um desrespeito àqueles que saíram de suas casas para votar”.
Seria esta “uma saída honrosa” para Fernando Pimentel, um dos três coordenadores da campanha da ministra Dilma Rousseff, indicado por ela própria? Os outros dois são José Eduardo Dutra, indicado pelo partido, e Antônio Palocci, indicação pessoal do próprio presidente Lula. Ou teria o Palácio do Planalto percebido uma situação desfavorável à Dilma em Minas e, na ânsia de se aliar ao PMDB de Hélio Costa, patrocinado este jogo? Teria sido emanada de Brasília uma ordem para Patrus não vencer?
Não sei. Em política tudo é possível, até mesmo o nada. Mas que o PT, principalmente o de Minas, deve uma explicação deve. Principalmente porque outras fontes já começam a vazar que “Fernando Pimentel está intimidado com medo de perder as eleições e prefere o Senado ou um futuro Ministério incerto se Dilma vencer o pleito, derrotando José Serra, o que abriria outras sendas para o ex-ministro Patrus Ananias.

O que aconteceu

A mesma fonte que gerou a notícia acima comentou que por ocasião da indicação de Márcio Lacerda como candidato a prefeito de Belo Horizonte, ele foi denunciado pela ex-reitora da UFMG, Ana Lúcia Gazolla, como tendo sido filiado com apenas sete meses de ficha de inscrição ao seu partido. “O que isto resultou?” Nada sei. Com a palavra o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais.
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas.
Geraldo Elísio escreve no "Novojornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo, passado e presente embasam as suas análises Novo Jornal

terça-feira, 4 de maio de 2010

MP vai denunciar deputados

O procurador-geral de justiça de Minas Gerais, Alceu José Torres Marques, informou que apresentará denúncia de crime de peculato contra os deputados que apresentaram notas frias para justificar despesas com verba indenizatória da Assembléia Legislativa de Minas Gerais ( ALMG ). Com pena prevista entre 2 e 12 anos de prisão, o peculato é o crime cometido por funcionário que desvia dinheiro público para o proveito próprio. O procurador instaurou na última semana procedimento para investigar irregularidades e abusos cometidos pelos parlamentares com o adicional mensal e prometeu divulgar as primeiras conclusões em 60 dias. Os envolvidos serão pressionados a devolver os recursos usados de forma irregular.

O processo foi motivado pela série de matérias Notas Frias S/A, do Jornal Estado de Minas de Belo Horizonte, que vem denunciando o uso da verba indenizatória para pagamento a empresas que só existem no papel ou que já fecharam, restituição por despesas pessoais de parlamentares, emissão de notas fiscais fictícias ou com valores mais altos que os cobrados pelos serviços prestados, entre outros abusos. Única autoridade do Ministério Público com a prerrogativa de investigar a presidência dos três poderes em Minas (neste caso, os gastos com verba indenizatória foram autorizados pela direção da ALMG), inclusive com a anuência do Presidente Deputado Alberto Pinto Coelho, que tem interesse em ser candidato como vice-governador na chapa de Antonio Anastásia nas próximas eleições. Marques cogita pedir a ajuda de promotores e da Polícia Civil para garantir celeridade à investigação. O procurador defende uma investigação que preserve as instituições e não exponha indevidamente parlamentares às vésperas do período eleitoral.

Anastasia manda polícia bater em professores

Assim não é não é mais possível. Por onde José Serra (PSDB/SP) e Anastasia (o "poste" de Aécio) passam, a polícia bate em professores. Foi assim em Uberlândia, e se repetiu em Uberaba.
Pelo menos um professor da rede estadual foi ferido na abertura oficial da ExpoZebu, feira pecuária promovida em Uberaba (MG), nesta segunda-feira (3).
Os professores mineiros estão em greve desde o dia 8 passado, pelo reajuste do piso salarial, e foram se manifestar pacificamente, em local público, como garante a constituição, contra o patrão: o governador demo-tucano Anastasia.
A tropa de choque da Polícia Militar (PM) agrediu um dos manifestantes, enquanto vaiava os pronunciamentos de políticos ligados ao governo estadual, entre eles José Serra.
Anastasia foi o mais vaiado, que parecia não se preocupar com a confusão, segundo a  "Agência Estado" . 

Desde quando polícia pode proibir o uso de camiseta vermelha?

Para entender o quanto os governos demo-tucanos estão fascistas, a Agência Estado flagrou um policial militar criando caso ao insistir que um dos visitantes retirasse uma camiseta vermelha que usava por debaixo de uma camisa.

Homenagem a um assassino, mais uma do tucano Eduardo Azeredo

Felizmente Minas Gerais em pouco tempo ficará livre da vergonha de ter Eduardo Azeredo como um dos seus senadores. Sem as mínimas chances de reeleição, talvez ele dispute uma vaga de deputado federal.

Pai do mensalão e do AI5 digital ataca novamente

A última proeza do tucano que inventou o mensalão foi homenagear com a Medalha da Inconfidência, a maior honraria de Minas Gerais, o médico Ademar Pessoa Cardoso, condenado pela Justiça a 12 anos de prisão como assassino de cinco pessoas.
Depois da denúncia circular na Internet, a entrega de tal medalha foi revogada na própria quarta-feira (21) em que seria feita a entrega. Ademar Pessoa Cardoso foi condenado, em 2005, por ter participado de um "pega" que resultou nas mortes de cinco pessoas de uma mesma família. O acidente aconteceu na MG-126, estrada que liga Mar de Espanha a Bicas, na Zona da Mata mineira. O médico foi solto por um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Federal (concedido adivinhe por quem, claro, pelo Gilmar Dantas).
A revogação da medalha foi a primeira em 58 anos de história da honraria e obrigou o Governo a editar no feriado do 21 uma edição especial do Diário Oficial. Criada em 1952, a Medalha da Inconfidência é considerada a maior comenda do governo de Minas Gerais e pretende ser uma homenagem concedida apenas a pessoas que contribuiram para o prestígio e projeção do Estado.
O mandato do senador Azeredo se defendeu dizendo que a indicação foi por sugestão de lideranças da Zona da Mata. Porém, mais que descuido, está por trás da proposta uma tática dos advogados do médico assassino no seu processo de defesa. Uma honraria como esta serviria para mostrar bons antecedentes e o prestígio de um assassino que luta para não ir para a cadeia.

AI-5 Digital

Eduardo Azeredo é das figuras mais desprezíveis da história política mineira. Só alcançou os postos que ocupou e ocupa por ser carregado por algum outro político. Primeiro, faz parte de uma aristocracia, é filho do ex-deputado Renato Azeredo. Assumiu a prefeitura de BH depois que o titular Pimenta da Veiga deixou o posto para ser candidato ao governo. Depois, foi carregado ao posto de governador pela raposa Hélio Garcia, que queria derrotar o adversário Hélio Costa.
Por último, foi carregado por Aécio ao posto de senador em 2002, cargo que se despede agora.
No Senado, o projeto mais famoso, e um dos únicos de Azeredo, foi o AI-5 Digital, que tenta censurar e criminalizar os usuários da Internet, o que desencadeou uma revolta virtual que se materializou em atos massivos no Brasil inteiro. `A frente da Comissão de Relações Exteriores, que preside, o tucano tem sido um duro crítico da política externa soberana do governo Lula.

Inventor do Mensalão

Apesar desta “farta” biografia, Eduardo Azeredo, ficará para a histórica mesmo é como o político que inventou o esquema de corrupção conhecido como Mensalão. Por isso, foi classificado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa como “chefe de uma quadrilha”. Em um detalhado relatório, Barbosa destrinchou como Azeredo, então candidato a reeleição ao governo de Minas, desviou dinheiro de estatais mineiras e através de falsos empréstimos feitos por Marcos Valério repassou para políticos, inclusive ao ex-governador Aécio Neves.

Kerison Lopes - Portal Vermelho