sábado, 29 de agosto de 2009

Fiscais protestam contra o governo de MG

Auditores da Receita realizaram ato público para denunciar o “maior arrocho salarial da história do funcionalismo de MG”

Os auditores fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais realizaram ontem quinta-feira (27), no início da tarde, em frente à sede da Secretaria de Fazenda, um grande ato público em protesto contra o governo do Estado que, segundo eles, impôs o “maior arrocho salarial da história do funcionalismo público mineiro, além de criar crescentes despesas com pagamento da dívida e gastos excessivos com propaganda oficial”.
Durante a manifestação, os auditores destacaram a postura “autoritária” do secretário de Fazenda, Simão Cirineu (foto), que, no período de nove meses transcorridos desde o início do movimento reivindicatório, se negou a negociar com a categoria e ameaça retaliar os profissionais do fisco que participam do movimento.
Entre as ameaças constam a transferência súbita de auditores para outras unidades de trabalho, o fechamento de postos de fiscalização, a proibição de reuniões e divulgação de material informativo nas repartições fazendárias e, a mais grave, a representação encaminhada pelo secretário de Fazenda ao Ministério Público Estadual tentando criminalizar o movimento da categoria.
Corte nos investimentos sociais

O Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual (Sindifisco-MG) denunciou à sociedade o corte de R$ 450 milhões/ano em investimentos sociais em saúde, educação, moradia e segurança em Minas Gerais, enquanto o governo aumenta em mais de 25% os gastos em publicidade oficial.
O Sindifisco produziu os panfletos intitulados “Em nome da crise” e “Postos Fiscais de Minas sob Tortura”, que estão sendo distribuídos desde o início da semana em 20 pontos estratégicos da capital e nos postos de fiscalização do Estado.
Os panfletos denunciam a grave situação dos servidores dessas unidades, que estão sendo fechadas, abrindo caminho para a sonegação fiscal.
“Nos últimos anos, a dívida do Estado cresceu de R$ 35 bilhões para R$ 60 bilhões, e o governo, agora, faz um empréstimo de mais R$ 1 bilhão”, informou o presidente do Sindifisco, Matias Bakir, acrescentando que “o Centro Administrativo, orçado em R$ 500 milhões em 2006, já atingiu a cifra de R$ 1,5 bilhão”.
Após o ato público, os manifestantes seguiram em passeata até a Associação Médica de Minas Gerais, na Avenida João Pinheiro, centro de BH, onde participaram de assembleia geral da categoria.
Mais de mil auditores fiscais estiveram presentes à reunião, ocasião em que foram tomadas importantes decisões, tais como a continuidade do movimento reivindicatório e as novas estratégias de luta para manter mobilizada a categoria.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Três chapas ligadas à Articulação disputam o PED em Minas

Três chapas ligadas à Articulação PT Minas saem a campo, com 95 militantes, para disputar o diretório estadual do Partido dos Trabalhadores. São eles que estão nas ruas, visitando os filiados e fazendo o debate político junto à base do partido, em busca do fortalecimento do Partido dos Trabalhadores.
As três chapas apresentam petistas dispostos a marchar junto à Gleber Naime, que disputa a presidência do PT no Estado e José Eduardo Dutra, candidato a presidente nacional do partido.
A massa petista que trabalha para consolidar a candidatura de Patrus Ananias ao governo de Minas está reunida em três chapas com características regionais:
Chapa 1, que reúne militantes do Norte, Noroeste, Zona da Mata e os Vales Jequitinhonha, Mucuri e Rio Doce, intitulada O Partido que Muda Minas e o Brasil com Patrus e Dilma;
Chapa 2, reunindo petistas do Sul, Triângulo, Alto Paranaíba e Centro Oeste, denominada: O Partido que Muda Minas e o Brasil.
Chapa 3, com militantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Aço, Paraopeba e Médio Piracicaba, intitulada O Partido que Muda Minas.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Aécio: papel de Marina é fortalecer os tucanos

Se houvesse ainda alguma dúvida, Aécio, no Rio, deixou claro: o PV serve para bater no PT quando o PSDB não dá conta.

Saiu na Folha Online:

Aécio diz que PT tem mais projeto de poder do que de país e acena para Marina.

O governador de Minas, Aécio Neves (PSDB), criticou o PT, que perdeu dois senadores: Marina Silva (AC) e Flávio Arns (PR) após salvar o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) no Conselho de Ética. Para Aécio, a crise interna do PT revela o afastamento entre o partido e sua militância.
“O partido [PT] terá que se reencontrar com sua militância, aquela que sonhou com um partido que defendia e agia de forma ética”, disse ele no Rio.
(…)
Marina Silva

O tucano afirmou ainda que vê como positiva a possível candidatura de Marina Silva pelo PV à Presidência.
Ele disse que o PSDB está mais próximo hoje de Marina do que o PT numa possível composição de alianças. “Gostaria de ter o PV no primeiro turno, mas se for o caso que caminhem juntos no segundo turno.”

A VERDADE E A MENTIRA

*Por Geraldo Elísio

“Mente, ainda é uma saída / é uma hipótese de vida...” – Mente – de Paulo Vanzolini e Eduardo Gudin

Não é segredo: todo marketing um dia desaba diante da notícia. Os marqueteiros sabem disto. Somente silenciam por conveniência. Porém, na atual conjuntura, devem repensar os seus conceitos. Um dos exemplos mais marcantes dessa premissa foi a ascensão e queda de Fernando Collor. Criado pela propaganda e destruído pelo noticiário.
Em Minas, desde o início do governo Aécio Neves, em seu primeiro mandato tem-se notícia de farta publicidade e de uma censura notória atribuída à senhora Andrea Neves, com o objetivo de fazer de seu irmão o sucessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A princípio, tais informações eram comentadas em círculos restritos. Com o passar do tempo, a exemplo do Bolero de Ravel, vem ganhando ritmo crescente. Principalmente a partir da demissão (pelo ar) do jornalista esportivo Jorge Kajuru, quando do primeiro jogo Brasil e Argentina que teve como palco o “Mineirão”.
O silêncio da mídia e da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, onde são raros os momentos de oposição, sinalizava para uma estratégia perfeita. Porém, começaram a surgir os primeiros sinais de insatisfação, gerando as primeiras manifestações de ruas e, em consequência disso, as primeiras informações que em outros tempos estariam gerando manchetes tanto no impresso quanto nos meios eletrônicos de comunicação de massa.
Nada teria acontecido. Lógico, nem a mídia e nem os parlamentares foram abalados em suas convicções. Porém, no mundo da globosfera existe outro substrato. Além do mais, a proximidade de embates decisivos traz à cena o tradicional jogo da informação e da contrainformação. E os insatisfeitos aproveitam o momento.
Se Goebbels, o marqueteiro de Hitler, afirmou que “De tanto se repetir uma mentira ela acaba se transformando em verdade”, Abraham Lincoln enunciou: “Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa para ser um mentiroso de êxito”. Em vista da vitória dos aliados ter comprovado a sabedoria da assertiva de Abraham Lincoln sobre Goebbels, fico com o pensamento do pensador norte-americano.
E hoje já se sabe em escala ascendente que o choque de gestão é mais falácia do que realidade, pelo menos na visão do Sindifisco, o mesmo sindicato que alardeou problemas na construção do novo Centro Administrativo e, principalmente, apontou o número do custo faraônico: R$ 1,2 bilhão, pelo menos até agora.
Igualmente, o Sindipol, sindicato dos policiais civis, alardeou que Minas, ao contrário do que diz a publicidade, não é um Estado seguro, denunciando a insegurança e o aumento das taxas de violência em ritmo crescente. O pessoal da saúde denuncia “o caos” imperante na área e os trabalhadores do ensino jogam por terra a informação de que o governo mineiro paga aos professores e professoras o piso nacional de R$ 900.
A Ajosp (Associação dos Jornalistas do Serviço Público de Minas Gerais) aponta que o Ipsemg poderá ser privatizado e recebe a confirmação de que isso é verdade por parte da entidade que congrega os beneficiários da instituição. E assim, uma por uma das máscaras vão caindo e ganhando espaço as notícias de corrupção.
Mentir como hipótese de vida pode até ser uma saída, na voz saudosa de Clara Nunes cantando um tema de amor assinado por Vanzolini e Gudin. Mas em outra circunstância só vem a reforçar a teoria de que por mais eficiente que seja o marketing, nada se compara à força da verdade que traz uma notícia isenta e sustentada em provas.
PS – Da série perguntar não ofende

O Corredor Cultural da Praça da Liberdade está sendo privatizado? Quem se beneficiará? Quem é o consultor do projeto? Houve licitação? É alguém de notório saber na área? Quem paga a consultoria? Qual o valor? O Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais pode inspecionar isto ou prefere continuar a ser Faz de Contas? O espaço está aberto.

Geralo Elísio mantém este espaço permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas através do e-mail gelisio@novojornal.com
Novo Jornal

STF nega pedido de Marcos Valério

Supremo negou o pedido de devolução do passaporte do empresário Marcos Valério Fernandes, apreendido em julho de 2005


O ministro Joaquim Barbosa, relator da ação penal do mensalão que tramita no Supremo Tribunal Federal, negou o pedido de devolução do passaporte do empresário Marcos Valério Fernandes, apreendido em julho de 2005. O advogado Marcelo Leonardo, que defende Valério, disse que o empresário não pretende sair do país.
Barbosa julgou "inoportuna" a devolução porque sua saída não é "conveniente", pois ele responde a duas ações penais.
Marcos Valério havia feito o pedido em março de 2008. Alegou que o passaporte estava vencido desde abril de 2007. Não tinha valor para viagens internacionais, mas era necessário para pleitear um novo passaporte, pois não lhe fora imposta nenhuma proibição a viagens para fora do país.
Só em junho último o então procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, se manifestou contra a devolução. O relator decidiu que, embora não tenha sido decretada a prisão preventiva de Valério, sua saída do país só ocorrerá "em caso, devidamente demonstrado, de imperativa necessidade", que será decidido pelo ministro-relator [o próprio Barbosa] ou pelo plenário do STF.
"Essa decisão é tardia e sem sentido", disse o advogado Marcelo Leonardo, pois Valério "não tem pretensão de fazer qualquer viagem". "Trata-se de um pedido de devolução feito há um ano e cinco meses, só agora despachado... É lamentável, pois essa é uma decisão que não respeita o princípio do prazo razoável", disse o advogado.
Ele acrescentou que "a mídia anda noticiando viagens internacionais de José Dirceu e Valdemar da Costa Neto [réus do mensalão]": "Não há razão para proibir apenas o passaporte de Marcos Valério. Ou proíbe para todo mundo ou não proíbe".

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Pimentel pede para o PT não fazer oposição em Minas

Ex-prefeito de Belo Horizonte e um dos pré-candidatos do PT ao governo de Minas, Fernando Pimentel acredita que é possível haver entendimento com o PMDB na disputa estadual, mas considera que as conversas só vão prosperar se não houver imposição de nenhum dos lados para que o outro abra mão da candidatura própria.
Sobre Aécio Neves, o tucano disfarçado de petista, disse o seguinte:
"Defendo dentro do meu partido que nós não podemos fazer uma campanha contra um governo como o do governador Aécio, que tem hoje avaliação positiva de 70% ou mais dos mineiros. Então, tem que se tratar o que é possível fazer além do que está sendo feito, o que é possível fazer diferente do que está sendo feito, e não contra, e não desmontando aquilo que foi feito e que é bem avaliado. Por isso que se coloca a questão do pós-Aécio. Eu acho que a campanha em Minas terá muito essa característica: quem pode fazer Minas avançar mais a partir do que está feito, porque indiscutivelmente o governador Aécio fez um bom governo".
Fonte: Estado de Minas

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O mensalão mineiro traga Azeredo e Clésio em abraço de afogados

Inacreditável como as palavras de Magalhães Pinto a respeito da política estavam certas: “Política é como nuvem. Uma hora você olha está de um jeito, pouco depois você olha de novo está de outro”.
Clésio, embora do PR, devido sua proximidade com o Palácio do Planalto, vem sendo acusado de influenciar parte do PMDB mineiro a optar por uma candidatura petista ao governo de Minas. Tudo porque caso Aécio saia candidato ao Senado pelo PSDB, ele sairia candidato a vice na chapa do PT. No seu entendimento, caso esta “articulação” dê certo, o ministro Hélio Costa não teria alternativa, a não ser a reeleição.
Eduardo Azeredo, tido como candidato natural ao Senado pelo seu partido (PSDB), por sua vez vinha apostando na candidatura do governador Aécio Neves à Presidência. Porém, caso Aécio saia para o Senado e com a inevitável candidatura de Itamar ao governo de Minas devido à questão de inimizade, ele ficaria sem legenda e palanque.
Como diria Magalhães, as nuvens estão mudando e Azeredo e Clésio, até agora tidos como mais fortes candidatos ao Senado em 2010 (caso Aécio seja candidato a presidente) poderão não conseguir o registro de suas candidaturas, diante de suas eminentes condenações pelo Supremo Tribunal Federal por práticas criminosas, no conhecido “mensalão mineiro” ou “valerioduto”.
Com a inelegibilidade de Clésio e Azeredo, praticamente o jogo sucessório pelo Senado em Minas ficará zerado.
Para alguns, independentemente da condenação, suas chances são mínimas, pois nesta eleição, diante dos escândalos envolvendo a classe política, a cobrança do eleitor sobre o passado dos candidatos será enorme.
No caso de Clésio a perda será maior, uma vez que diante de sua condenação seu mandato de presidente da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) seria interrompido.
Existe um ditado interiorano que diz: “Menino afoito não come biscoito”.
Evidente que não se pode desprezar o prestígio e a credibilidade política do vice-presidente José Alencar que já se declarou candidato a senador e de Pimentel que pleiteia o governo de Minas, mas ambos, se candidatos, estarão “solteiros”.
Políticos experientes fazem suas apostas:
Candidatura A: Patrus Ananias (PT) candidato a governador, com um vice do PMDB; Hélio Costa (PMDB) candidato a senador.
Candidatura B: Itamar Franco (PPS) candidato a governador, com um vice do PSDB, e Aécio (PSDB) candidato a senador.
Tudo bem ao estilo mineiro e ao gosto do Palácio da Liberdade. A disputa ficará apenas entre os candidatos a governador.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

BDMG institucionaliza a corrupção

E aí, Itamar? Jornal exige saída de conselheiro do BDMG. Por que banco celebrou contrato secreto de R$ 1,5 mi com ele? A falta de compromisso com a moralidade e a defesa do patrimônio público institucionalizou-se na administração pública de Minas Gerais.

A ingerência do jornal Estado de Minas sobre o governo é tão grande que retira dos mandatários a independência de prover e manter nos cargos pessoas de sua escolha.
Exemplo desta aberração é a denúncia apresentada pelos funcionários do BDMG, que presenciam o desmonte do banco, a exemplo do ocorrido com o Bemge, Credireal e Minas Caixa. Apelaram até mesmo ao Ministério Público, e nada acontece.
Com a briga de Hindemburgo Pereira Diniz com dirigentes do “grande jornal dos mineiros” e sua expulsão da Presidência do Conselho dos Diários Associados, o governo de Minas viu-se no centro de um fogo cruzado.
Hindemburgo, memória viva do BDMG, muito bem relacionado e articulado - sua inimizade causaria estragos incalculáveis. Porém, a exigência de sua saída defendida por dirigentes do Condomínio dos Diários Associados não poderia ser ignorada, uma vez que a imagem do governo de Minas é construída através dos veículos de comunicação pertencentes ao grupo.
Diante dessa situação, em vez de tomar uma atitude que melhor atendesse o banco e obedecesse ao princípio da probidade, optou-se por sua demissão com a celebração de um Contrato Secreto, onde Hindemburgo continuaria recebendo, a título da “assessoria”, a mesma importância que recebia na presidência do Conselho.
Na verdade, o governo de Minas solucionou um problema entre os membros dos Diários Associados com dinheiro público.
A briga entre Hindemburgo e Diários Assosiados é pública. Tanto é que, em decisão unânime, a quarta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ontem, por 4 votos a 0, manter sua expulsão da presidência do Conselho Consultivo do condomínio dos Diários Associados.
Em 2005, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) autorizou que uma assembleia da Comissão Plenária do Condomínio Acionário dos Diários Associados deliberasse sobre o afastamento ou não de Pereira Diniz, o que acabou se concretizando.
Hindemburgo Pereira entrou com um recurso especial contestando a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que foi julgado em fevereiro de 2009, pelo STJ. "Todos os ministros acompanharam a decisão do relator, o ministro João Otávio Noronha. O Superior Tribunal de Justiça manteve integralmente o que o TJMG havia decidido e entendeu que o recurso não continha razões suficientes para modificar a decisão do tribunal mineiro", esclareceu na época o advogado do condomínio dos Diários Associados, Antônio Vilas Boas.
Desta forma, Hindemburgo Pereira Diniz continua destituído do cargo de presidente do Conselho Consultivo do Condomínio Diários Associados.
No BDMG não é apenas este contrato “secreto” que está a descumprir a probidade, outros fatos igualmente são denunciados pelos funcionários, sem qualquer resultado.
Novojornal, após apurar os fatos denunciados, constatou que os mesmos realmente são verdadeiros. Entretanto, para que você mesmo possa avaliar, publicamos abaixo cópia da denúncia acompanhada do contrato “secreto” celebrado.
Atualmente na presidência do Conselho do banco, Itamar Franco poderia por na prática seu discurso de probidade, acabando com esta incômoda e ilegal situação.

Fonte: Novo Jornal

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

AÉCIO DESTRÓI JORNALISTAS

*Geraldo Elísio
“Não são os homens, mas as ideias que brigam.” – Tancredo Neves.
Parece, a meta do governador tucano de Minas é ultrapassar o paulista José Serra no quesito desmonte do Estado.
O governador Aécio Neves do PSDB de Minas Gerais, talvez com “inveja de seu correligionário”, anda seguindo os passos de seu colega José Serra e também resolveu “aniquilar de vez com o quadro funcional dos servidores públicos do Estado. Depois de recusar-se a pagar o piso salarial de R$ 900 estabelecido por Lei Federal a todos os professores da rede pública estadual em Minas, agora resolveu destruir os jornalistas aposentados da Imprensa Oficial de Minas Gerais, responsáveis pela publicação do Diário Oficial do Estado”, denuncia o presidente da Associação dos Jornalistas do Serviço Público (AJOSP), Cláudio Vilaça.
De acordo com Vilaça, ao colocar em prática, em abril deste ano, o seu Plano de Carreira criado a partir da publicação da Lei Estadual 15.470/2005, “Aécio rebaixou todos os profissionais da comunicação, antes jornalistas profissionais, à condição de analistas de gestão, e pior, quem se aposentou como jornalista no nível III foi rebaixado para analista no nível II. O prejuízo representou em média R$ 1 mil a menos nos salários pagos a partir de maio deste ano”.
Segundo Cláudio Vilaça, presidente da entidade, “este é o que pode ser chamado porrete de gestão”, em analogia ao “choque de gestão” implementado e propagado por Aécio aos quatro cantos do Brasil como o modelo ideal de administração da coisa pública, denunciado durante manifestação do Sindifisco como “um engodo”.
Cerca de 48 ações já foram ajuizadas na Vara da Fazenda Pública Estadual pelos associados da Associação dos Jornalistas do Serviço Público (AJOSP). Houve três liminares vitoriosas concedidas pelo desembargador Dídimo Inocêncio de Paula, do TJMG, no último mês de junho e uma sentença favorável do juiz Sérgio Cordeiro da 2ª Vara da Fazenda Pública de MG em julho deste ano. A ação cita o secretário de Governo, Danilo de Castro, a secretária de Estado de Planejamento, Renata Vilhena e o diretor da Imprensa Oficial de Minas Gerais, Francisco Pedalino.
Segundo Cláudio Vilaça “o plano de carreira diabólico responsável pela destruição das carreiras no serviço público do Estado é atribuído ao vice-governador Antônio Anastasia, ex-secretário geral do Ministério do Trabalho no governo neoliberal Fernando Henrique Cardoso.”
*Geraldo Elísio escreve no Novo Jornal". Prêmio Esso Regional de jornalismo passado e presente embasam as suas análises

Quem é o autor da Lista de Furnas?

Depois de anos, Polícia Federal descobre documento em papel timbrado do governo de Minas que originou a Lista de Furnas

Após anos de investigações e acusações contra Dimas Toledo, pela confecção da Lista de Furnas, ocasião em que o ex-dirigente da empresa foi praticamente execrado, aparece o documento que deu origem à Lista de Furnas, atribuída ao mesmo.
É inacreditável, pois se trata de um ofício em papel timbrado do governo de Minas, assinado pelo Secretário de Governo Danilo de Castro e encaminhado a Dimas Toledo.
O documento relaciona os beneficiários da campanha do governador Aécio Neves, assim como os doadores.
A certeza da impunidade era tão grande que a lista da “corrupção” foi feita em papel timbrado do governo de Minas.
Este documento praticamente muda o rumo das investigações, que até agora atribuía exclusivamente a Dimas Toledo a autoria da Lista de Furnas, demonstrando que este famoso documento apenas transcreveu o constante de uma lista confeccionada por Danilo de Castro.
Segundo participantes das investigações, esta lista relaciona a distribuição do dinheiro “arrecadado” em Minas Gerais.
Será diante desta nova situação que o governador de Minas terá de se explicar.
Evidente que na Assembleia Legislativa mineira este fato não provocará qualquer reação, uma vez que 90% de seus membros participaram da corrupção.
O documento já foi periciado, comprovando sua autenticidade, conforme demonstra o laudo que acompanha a lista, abaixo disponibilizado nesta reportagem.
Pelo visto, o período de impunidade do governador Aécio Neves poderá estar chegando ao fim, embora alguns insistam em duvidar, citando como exemplo as enormes evidências e provas que pesam contra o mesmo e integrantes de seu governo sem que nada ocorra.
Esta e outras “novidades” esclarecem a recente presença do diretor-geral da Polícia Federal no Palácio da Liberdade.
Políticos que tiveram acesso à lista de Danilo de Castro argumentam que finalmente entendem o porquê não ser apenas devido à representação do PMDB contra o senador Arthur Virgílio, junto ao Conselho de Ética do Senado, que está fazendo o PSDB recuar.
O cruzamento das informações constantes da lista de Danilo de Castro, com a lista apreendida na Camargo Correia, comprovaria a veracidade da mesma.
Diversos beneficiados da lista já foram ouvidos pela Polícia Federal e comprovaram ter realmente recebido os recursos descritos.
O Secretário de Governo Danilo de Castro jamais foi pessoa ligada a Tancredo ou à política mineira.
Foi colocado na presidência da Caixa Econômica Federal por José Sarney, quando Presidente da República, após ter “resolvido” as pendências de seu grupo político junto à Caixa Econômica Federal, no Maranhão. Junto com o atual Secretário da Fazenda.
Sua eleição para deputado federal serviu apenas para dar imunidade ao mesmo após o escandaloso “esquema da Ghetec”.
Fontes da Polícia Federal informam que a instituição já vem há mais de duas décadas acompanhando os passos de Danilo de Castro, sendo possível que agora consiga pegá-lo.
Nas últimas eleições, ele deixou de ser candidato a deputado federal, colocando seu filho na disputa, porque estava inelegível.
Desta forma, encontra-se sem qualquer imunidade.
Vamos esperar para ver.
Fonte: Novo Jornal

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O código "Neves"

Investigadores têm novas pistas sobre a ligação entre políticos e a Alstom no pagamento de propinas

A revista Época desta semana relata que o tucano Tião Farias recebeu doações de suspeitos de operar a propina da Alstom, mas ele nega envolvimento com o caso.
A investigação dos Ministérios Públicos Federal e de São Paulo sobre o esquema de propina do grupo francês Alstom para autoridades brasileiras em 1997 avançou bastante desde a chegada ao Brasil de documentos apreendidos pelo Ministério Público da Suíça.
A empresa teria interesse na obtenção de contratos com o governo de São Paulo, comandado na época pelo governador Mário Covas, falecido em 2001.
Uma das principais peças da investigação é um memorando manuscrito em francês por um executivo da Alstom. Nele, é identificada a rota das propinas. O dinheiro iria para integrantes do Tribunal de Contas do Estado, funcionários da Secretaria de Energia e ainda para o caixa do PSDB.
Na descrição dos intermediários da propina, o executivo da Alstom, em seu memorando, usou vários códigos. Entre eles constam “RM”, “CM”, “Splendor” e “Neves”.
Os investigadores acreditam já ter identificado três desses códigos.
O tal “RM” seria Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil do governo Covas e atual conselheiro do TCE.
“CM” seria Cláudio Mendes, um sociólogo que atuou como lobista de empresas da área de energia junto ao governo paulista entre o fim dos anos 1980 e 2004.
“Splendor” é uma das seis offshores (empresas de fachada instaladas em paraísos fiscais no exterior) por onde também teriam sido feitos pagamentos da propina pela Alstom, segundo documentos do MP da Suíça.
De acordo com o memorando, a corrupção estaria relacionada a um contrato de R$ 101 milhões da Eletropaulo, a antiga estatal de energia privatizada em 1998, com o grupo Alstom.
Robson Marinho e Cláudio Mendes negam que tenham intermediado ou recebido propinas.
E quanto ao código “Neves”?
Os investigadores acreditam que era a pessoa responsável por transformar o suborno da Alstom em caixa de campanha do PSDB.
O memorando do executivo da Alstom é de 21 de outubro de 1997. Nele, “Neves” aparece ao lado da cifra “8,5%”, suposto valor da propina.
Os investigadores acreditam que darão um passo para elucidar o código “Neves” quando destrincharem o envolvimento do vereador paulistano Tião Farias (PSDB) com a história. Farias não é citado nos documentos da Suíça, mas tem ligações com várias pessoas investigadas no caso.
Além de ter sido um dos assessores mais próximos de Mário Covas, foi secretário-adjunto de Robson Marinho na Casa Civil.
Em 2002, quando concorreu a um mandato de deputado estadual, Farias recebeu doações dos empresários Romeu Pinto Júnior e Sabino Indelicato, citados nos documentos suíços.
Pinto Júnior é acusado de ser o dono da MCA Uruguay, outra offshore supostamente usada como canal de propinas.
Indelicato é dono da Acqua Lux Engenharia, suspeita de operar o esquema de propina da Alstom por meio de contratos de consultoria de fachada.
Tanto Pinto Júnior quanto Indelicato afirmam que as acusações são falsas.
O vereador Tião Farias diz que não conhece Pinto Júnior, mas admite ter relações com Indelicato, um militante do PSDB, segundo ele.
As doações para sua campanha, diz Farias, foram convites, no valor de R$ 1.000, comprados para um jantar de apoio político. Tião Farias não conseguiu a vaga de deputado estadual em 2002. Ele virou vereador em São Paulo em 2004.
Durante a encarniçada disputa pela candidatura própria do PSDB à prefeitura de São Paulo, neste ano, ganhou destaque por ter sido um dos poucos a permanecer ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Petistas têm encontro com o pré-candidato ao governo de Minas, Patrus Ananias

Militantes de diversas correntes internas do PT, que apoiam a pré-candidatura de Patrus Ananias ao governo de Minas, têm encontro no dia 14/8, sexta, às 19h, no auditório do CREA-MG.
O convite é feito pelos deputados estaduais do PT, Adelmo Leão, Almir Paraca, André Quintão, Carlos Gomes, Maria Tereza Lara e Padre João. Também os deputados federais petistas Gilmar Machado, Leonardo Monteiro e Odair Cunha. O encontro terá a presença de ex-candidatos ao governo do Estado e ex-presidentes do PT Sandra Starling, Carlão Pereira, Nilmário Miranda e Maria do Carmo Lara.
O candidato à presidência estadual pela Articulação PT Minas no PED 2009, Gleber Naime, disse que será um momento de reunir a militância histórica do PT, companheiros e companheiras comprometidos com um projeto para resgatar a tradição democrática, plural e ética do partido.
O CREA-MG fica na Av. Álvares Cabral, 1600, Santo Agostinho, próximo à Assembleia Legislativa.

Jô Moraes vice de Patrus

A enquete no Blog Patus Governador sobre qual o melhor vice para Patrus ao governo de Minas, Jô Moares foi a preterida com 42%, seguida por Hélio Costa, com 31%, Luís Dulci com 21% e
Pimentel com apenas 5%.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

“Governo de Minas é burocracia pura”

Antônio Júlio diz que não basta preencher papel; é preciso resolver o problema. Ele criticou ainda a censura à imprensa

O deputado estadual Antônio Júlio (PMDB) condenou o que considera “burocracia excessiva do governo de Minas”.
“Instalou-se no Executivo mineiro a burocracia pura. Tudo gira em torno de papel. No Palácio da Liberdade, você vê todo mundo preenchendo relatórios, questionários, estatísticas. Mas não basta preencher papel; é preciso resolver o problema”, afirmou.
O deputado peemedebista também fez críticas à censura que o governo do Estado estaria impondo à imprensa mineira.
“Nenhuma linha que seja contra o governo é divulgada. Os órgãos de comunicação estão amordaçados por generosas verbas publicitárias”, alertou.
Antônio Júlio lembrou que o ex-presidente Tancredo Neves sempre lutou contra a censura e pela liberdade de imprensa. “O governador deveria manter vivo os ideais do seu avô. A imprensa tem um papel fundamental na democracia. Ela não pode sofrer esse tipo de censura que está ocorrendo em Minas. Censura foi na época da ditadura militar. Chega de censura”, protestou.
O parlamentar citou trecho de um discurso de Tancredo Neves, “para servir de exemplo para o seu neto, Aécio”: “Enganam-se os que imaginam possível levantar uma nação rica e poderosa sobre os ombros de um povo explorado, doente, marginalizado e triste. Uma nação só crescerá quando crescer, em cada um de seus cidadãos, o conhecimento, a saúde, a alegria e, principalmente, a liberdade”.

Ausência de debate

Antônio Júlio fez questão de frisar a ausência do debate político em Minas Gerais.
“Observamos que o debate político está morto em nosso Estado. Não há mais espaço para ele. Há um senso comum, um discurso único, o que não constrói nada nem contribui para o aprimoramento de nossas instituições”, declarou.
De acordo com o deputado, é fundamental que o debate ocorra, “mas mais importante ainda é que as instituições exerçam seu papel”.
“Hoje o Executivo, o Judiciário, o Ministério Público, a Assembleia Legislativa e a imprensa perderam muitas de suas atribuições”, avaliou, ressaltando que “é dever dos deputados fazer do Legislativo uma instituição forte que legisle para o povo e não, como ela lamentavelmente vem sendo, uma Assembleia homologativa das vontades do Poder Executivo”.

Produtor rural

Antônio Júlio criticou a atuação do Ministério Público, da Justiça e órgãos ambientais, que estariam tratando o produtor rural como “bandido”, em questões sobre o meio ambiente.
Além disso, fez ressalvas ao projeto que altera o Código Florestal, em tramitação na Assembleia Legislativa, que, em sua opinião, mais uma vez beneficia grandes empresas e prejudica o produtor rural.
Segundo o parlamentar, a atual proposição “faz tudo para dificultar a vida dos pequenos produtores rurais, mas abre as portas, por exemplo, para a Cemig fazer o que bem entender, daí a necessidade de se modificar o texto”.
A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia votou nesta quinta-feira parecer de emendas da nova lei florestal. O projeto já está pronto para voltar à pauta de votação do plenário.
Fonte: Novo Jornal

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

UFMG mantém bônus no vestibular



Em meio a um turbilhão de polêmicas e questionamentos judiciais, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiu na terça-feira manter as regras do sistema de bônus do seu vestibular.


Em reunião à tarde, o Conselho Universitário da instituição avaliou a possibilidade de mudar os critérios do programa, que hoje beneficia alunos vindos de escolas públicas e que se declaram pardos ou negros. A decisão é válida para o próximo processo seletivo, mas não é definitiva. Uma resolução aprovada anteriormente pelo conselho já previa avaliações anuais do sistema de bônus até 2012 e, durante esse período, o benefício pode continuar da mesma forma que foi implantado, sofrer modificações ou até mesmo ser extinto. A principal proposta de mudança apresentada terça-feira, durante a reunião, foi a de conceder o bônus apenas para alunos que cursaram todo o ensino básico na rede pública, ou seja, desde a 1ª série do ensino fundamental até o 3º ano do nível médio. Mas o projeto foi rejeitado pelos conselheiros e, com isso, ficam valendo as mesmas regras do vestibular 2009, o primeiro com o sistema de bônus em vigor. “Colocamos as propostas em votação, mas o conselho decidiu manter o programa assim como ele é hoje. Tivemos 45 votos a favor da manutenção e uma abstenção, o que comprova que o bônus é um programa vitorioso e que aumenta a inclusão social na universidade”, afirmou o presidente do conselho, reitor Ronaldo Tadeu Pena.


Assim como no ano anterior, esta edição do processo seletivo concederá um aumento de 10% na nota final dos candidatos que cursaram as quatro últimas séries do ensino fundamental (de 5ª a 8ª) e todo o nível médio em escolas públicas. E os alunos que, além de cumprirem esse requisito, se declararem pardos ou negros, ganharão um acréscimo de 15%. No vestibular do ano passado, o programa de bônus beneficiou 34,04% dos 5.950 alunos aprovados. As propostas de mudança do sistema de bônus foram votadas terça-feira pelos 46 integrantes do conselho, entre eles, funcionários técnico-administrativos, diretores de unidades de ensino, estudantes e representantes da reitoria.


Outro assunto presente na pauta dos conselheiros foi uma decisão da Justiça Federal que pôs em xeque o programa de bônus da UFMG. Conforme o Estado de Minas noticiou com exclusividade na edição de 23 de julho, um candidato ao curso de medicina se sentiu prejudicado com o programa e questionou o benefício na Justiça. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região acatou o pedido do estudante Gabriel Tensol Rodrigues Pereira, de 19 anos, e deu uma liminar favorável, que lhe garantiu a vaga. Segundo a reitoria da universidade, cerca de outros 20 candidatos entraram com mandados de segurança na Justiça contra o bônus, mas nenhum deles teve decisão publicada até o momento. AdiamentoPor causa dessa reunião, a UFMG teve de adiar a data de abertura das inscrições para o vestibular. O prazo, que seria aberto na próxima sexta-feira, foi transferido para o dia 12. Em nota divulgada na última semana, a presidente da Comissão Permanente do Vestibular (Copeve), Vera Resende, explicou as razões do adiamento: “Decidimos alterar a abertura das inscrições, porque, caso seja aprovada alguma alteração do sistema de bônus pelo conselho, não haverá tempo hábil para publicação de edital de retificação antes do dia previsto para o início das inscrições, 7 de agosto”. Os interessados em participar do processo seletivo terão até 8 de setembro para fazer o cadastro. Para o ano que vem, a UFMG vai abrir 6,6 mil vagas em 75 cursos oferecidos pela instituição.


Entre as opções, há 10 novidades na graduação previstas para 2010: antropologia, biomedicina, ciências socioambientais, controladoria e finanças, dança, engenharia de sistemas, museologia, relações econômicas internacionais, tecnologia em radiologia e diagnóstico por imagem, e química tecnológica.
Fonte: Estado de Minas