terça-feira, 16 de março de 2010

Descaso de Aécio paralisa o maior pronto-socorro de Minas

RODRIGO NARCISO

Há 15 meses em campanha por melhorias no salário-base e nas condições de trabalho e sem receber nenhuma proposta do governador Aécio Neves (PSDB), os médicos do Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, iniciaram na manhã de ontem uma greve por tempo indeterminado. Durante a paralisação, os profissionais do maior pronto-socorro de Minas Gerais atenderão só os casos mais graves e encaminharão os demais a outras unidades de saúde.

Representantes do movimento “SOS – O João XXIII pede socorro” dizem que a postura intransigente e a falta de sensibilidade do Governo Aécio podem levar o pronto-socorro ao colapso.

“Os baixos salários pagos pelo estado não conseguem atrair novos profissionais e muitos estão deixando o hospital. As equipes estão incompletas e são comuns as situações em que pacientes não recebem o atendimento adequado por falta de profissionais, como anestesistas e neurocirurgiões”, denunciou o presidente do Sindicato dos Médicos, Cristiano da Matta Machado.

O sindicato também reclama melhores condições de trabalho para os médicos que atendem no pronto-socorro. Relatos impressionantes do livro de ocorrências do hospital mostram que é constante a falta de equipamentos e de remédios para o atendimento adequado aos cerca de 450 pacientes que diariamente procuram o HPS.

O médico Carlos William Delfim, da comissão de mobilização do João XXIII, diz que pelo menos até quinta-feira a paralisação vai continuar.

“Cerca de 95% dos médicos do HPS são a favor do movimento e até da paralisação total”.

Ontem, aproximadamente 300 profissionais estavam em greve. Em um ano e meio, as equipes médicas organizaram 13 paralisações no HPS.

A Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) comunicou que ainda está em negociação com os médicos e que nesta semana, em conjunto com a Secretaria estadual de Planejamento e Gestão, vai apresentar uma proposta ao SinMed. Segundo o sindicato, uma proposta informal, apresentada ontem, foi recusada.

“O governo é responsável por essa situação e, mesmo assim, se mostra indiferente e se nega a dialogar com a categoria. Nossa luta é por uma saúde de qualidade, que beneficiará a todos”, afirma a direção do SindMed

Um comentário:

  1. É assim que o playboysinho mineiro vive. De farsa em farsa. Compra toda a mídia, faz-se de bom moço e espera chegar ao Senado. Que Minas dê uma resposta a esse homem e não o eleja.

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