quarta-feira, 26 de maio de 2010

Professores aprovam fim da greve e aulas voltam amanhã

Retorno ao trabalho acontece sem a principal exigência: reajuste de salários. Decisão é temporária e depende de comissão

Depois de 47 dias de greve, muitas idas e vindas na negociação com o governo e sem reajuste, os professores da rede estadual de ensino de Minas decidiram, ontem (25) à tarde, retornar às salas de aula. A decisão, que foi tomada em uma assembleia que contou com a participação de 8.000 pessoas, segundo a Polícia Militar, ainda não é definitiva.
Na votação, os professores deixaram claro que a paralisação poderá ser retomada caso o plano de remuneração, previsto no acordo com o governo não seja cumprido. Os professores voltam ao trabalho hoje (26), mas as aulas só serão retomadas efetivamente amanhã (27). Pelo acordo, a reposição dos dias parados ficará a cargo de negociação entre as escolas e os colegiados.
A decisão sobre a retomada da greve aconteceu sob um clima tenso. Uma parcela expressiva dos professores que lotaram a praça Carlos Chagas (da Assembleia) resistiu à proposta de volta ao trabalho. Diante do impasse, a decisão precisou ser colocada em votação por duas vezes.
O acordo entre a categoria e o governo definiu também que não haverá demissões ou punição para os grevistas, como corte dos dias parados. O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) conseguiu do governo a promessa de que o pedido de execução da ação que estipulou multas à entidade pela paralisação será retirado.

Acordo com Estado gera incerteza

A greve, que começou no dia 8 de abril, não alcançou seu principal objetivo. O esperado aumento do piso salarial dos professores não foi efetivado durante as negociações com o Estado. Atualmente, R$ 935 são pagos para uma jornada de trabalho de 24 horas semanais. O reivindicado era R$ 1.312,85 para o mesmo período. As informações são do jornal O TEMPO

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