Quadrilha
“João amava Teresa que amava Raimundo
Que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
Que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
Que não estava na história..”
Carlos Drummond de Andrade
Não custa lembrar que a eleição de Severino foi graças à insistência do deputado Virgílio Guimarães (PT-MG) em manter sua candidatura avulsa mesmo após o PT ter definido Luiz Eduardo Greenhalgh como seu indicado oficial. Foi a primeira vez que um candidato independente, que pouco contou com o suporte de seu próprio partido, venceu a eleição para a presidência da Câmara - ele teve 300 votos dos 498 presentes.
Para não cair no esquecimento, Virgílio - que sempre foi alvo de ironias por seus “excessoss” de governismo - foi também o mentor do acordo com o governador Aécio Neves para derrotar o grupo de Patrus Ananias em Belo Horizonte e eleger Márcio Lacerda, criando o tal grupo Pimentécio. Sem falar no Lulécio, também com a participação dele para derrotar Nilmário Miranda. No caso do mensalão ele ainda não apareceu, mas é amigo íntimo de Marcos Valério e não custa lembrar do velho ditado: “diga-me com quem tu andas e eu direi quem tu és”. Aliás, sobre este assunto, Montes Claros e outras cidades no Norte de Minas conheceram “um outro Valério” que saía comprando tudo e todos e ameaçando quem atravessava em seu caminho. Até o chefe da boquinha de Montes Claros foi ameaçado.
Leia AQUI A arte do haraquiri sem mestre - de Hamilton Pereira, ex-presidente da Fundação Perseu Abramo sobre Virgílio Guimarães.
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