sábado, 25 de julho de 2009

UM GOLPE DE MESTRE

*Por Geraldo Elísio
“Em rio que tem piranha, macaco toma água de canudinho” – Ditado popular brasileiro
“O primeiro compromisso de Minas é com a liberdade.” Esta frase emblemática é do ex-presidente Tancredo Neves, um dos maiores políticos que o Brasil conheceu. Surpreendente é que o atual governador de Minas, Aécio Neves, parece não conhecer e, se conhece, não assimilou – e também a sua irmã, a senhora Andrea Neves – os ensinamentos do avô. Pela enésima vez este repórter tem conhecimento de fatos ligados à censura que é praticada em Minas. Agora chegou a vez da Associação dos Jornalistas do Serviço Público de Minas Gerais – AJOSP – que tem sua liberdade de expressão vigiada em função de inúmeras causas que ganhou na Justiça a favor dos profissionais da área que atuam na esfera do estadual. Não sei se estes grampos são de responsabilidade do “Coronel Praxedes e seus Arapongas Amestrados”, o mesmo que “empastelou” o Novojornal, mas a censura é a mesma, igual a proibição do vice-governador Antônio Augusto Junho Anastasia, impedindo que funcionários de órgãos do Estado acessem o Novojornal, segundo fontes. E a censura que o presidente da Assembleia mineira, deputado Alberto Pinto Coelho, exerce proibindo a colocação das matérias do Novojornal no clipping da Casa e chegando ao cúmulo de proibir matérias contrárias do governo, mesmo que pronunciadas da tribuna, por parte de parlamentares oposicionistas. Também de acordo com fontes. Como se fossemos explosivos e carbonários igual à gasolina. O espaço está aberto às devidas explicações, se é que tal tipo de comportamento tem explicações.
O IPSEMG NA MIRA
Tudo o que o governador Aécio Neves não quer ouvir falar é em privatização, mas “terceirizar” pode e é o que ele está tentando fazer. Aliás, o presidente da AJOSP, Cláudio Vilaça, informa que o atual governador de Minas “parece fanático por terceirização. Afinal o número de terceirizados na Imprensa Oficial de Minas Gerais já extrapolou o número de servidores concursados. Da mesma forma como o número de cargos de diretoria foge pelo ladrão. Inclusive, o ex-deputado estadual Glycon Terra Pinto, pastor da Igreja Batista do bairro Floresta.” O referido pastor parece desconhecer a palavra do Senhor e não sua o rosto para ganhar o pão. Os seus “colegas” dizem que nunca o viram por lá. Além do mais, quando do escândalo dos super salários da Assembleia de Minas, ele também estava envolvido nisso.A propósito, diz a Bíblia: “Estando próxima a Páscoa dos judeus, subiu Jesus para Jerusalém. E encontrou no templo os que vendiam bois, ovelhas e pombas e também os cambistas assentados; tendo feito um azorrague de cordas, expulsou todos do templo, bem como as ovelhas e os bois, derramou pelo chão o dinheiro dos cambistas, virou as mesas e disse aos que vendiam as pombas: Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio. Lembraram-se os seus discípulos de que está escrito: O zelo da tua casa me consumirá.” (João 2:13-17)
Mas voltando ao IPSEMG, se a terceirização falhar, o “Plano B” é transferir o órgão para a Rede FHEMIG, que é atendida pelo SUS, inclusive com a simpatia do SINDI-SAÚDE, que representa os trabalhadores da Rede FHEMIG e a Secretaria de Estado da Saúde. Se acontecer, como a FHEMIG é atendida pelo SUS, os funcionários estaduais também passarão a ser atendidos pelo Sistema Único de Saúde. E o patrimônio do servidor público de Minas? Automaticamente será doado ao SUS administrado pelo presidente Lula. Quanto à dívida milionária para com o IPSEMG é um tabu no âmbito do governo Aécio Neves. Mesmo com o pessoal querendo saber onde está a “grana” do Fundo de Previdência dos Servidores do Estado – FUNPEMG – que segundo fontes que preferem o seu nome no anonimato para não serem prejudicadas, “está todo aplicado na Brasilinha do Aécio”, leia-se Centro Administrativo do Estado.
Um detalhe importante é que a partir de 2 010 o FUNPEMG, espera-se, já capitalizado com pelo menos um bilhão, possa dar início aos pagamentos de pensões e aposentadorias, conforme pactuado na Lei 64/2002, assinada pelo ex-governador Itamar Franco. Mas a mesma fonte garante que “este dinheiro não existe.” Se não existir mesmo o “Galã do Paraibuna” terá transferido este “rabo de foguete” para Aécio que será obrigado a transferi-lo ao seu sucessor. Estamos abertos à apresentação dos balanços e balancetes por parte dos membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal do FUNPEMG.
Também o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, com o zelo de sempre, deverão cuidar do assunto. Porque se este dinheiro de fato não existir, como foi dito, a dívida será herdada pelo futuro sucessor de Aécio, que devia ter sido mais aplicado ao conviver com os doutores Tancredo Neves e Tristão da Cunha, ambos grandes estadistas. PS.
– Um alerta: Fontes ligadas à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte dizem que a PRODABEL acabou, pois o sistema de comunicação foi alterado a favor da Google, que tem escritório em Belo Horizonte. Segredos municipais serão acessados por uma empresa estrangeira. A mesma fonte indaga: “Onde estão os coronéis da nossa digníssima Polícia Militar para puxar a orelha do governador Aécio, que dizem também irá “doar” todos os segredos de Estado à mesma empresa?”
“Gringo”, ou seja, o prefeito de Belo Horizonte. Marcio Lacerda, e o governo do Estado podem explicar alguma coisa sobre isto?
Este espaço é permanentemente aberto ao democrático direito de resposta a todas as pessoas e instituições aqui citadas. gelisio@novojornal.com

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