Esta é a história de um crime continuado.
Um homem armado com uma pistola automática calibre 9 milímetros entrou em um velório e, depois de colocar a mão direita sobre as duas mãos postas do morto, dirigiu-se à viúva, Thamara Fernanda Reis Pereira, 18 anos, e lhe disse: “você é a causa de tudo o que aconteceu”, depois matou-a com nove tiros disparados à queima-roupa. O crime aconteceu na nave de uma Igreja Metodista, localizada no cruzamento das ruas I com D, no Bairro Confisco, Zona Norte da capital.
A Polícia Civil suspeita de que o desconhecido, que matou a mulher às 8h15 de ontem, seja amigo do homem que estava sendo velado, Júlio César Silva de Jesus. Ele também foi assassinado com 11 tiros, às 14h30 de quinta-feira passada, no Bairro Nacional, em Contagem.
A suspeita é de que dois homens teriam praticado o crime a mando de um traficante de drogas, que havia sido namorado de Thamara, e que estaria ressentido com o rompimento.
Oito pessoas participavam do velório, mas nenhuma delas foi ameaçada pelo criminoso, que saiu da igreja do mesmo jeito que entrou: andando calmamente, parecendo seguro de sua missão.Oficiais da Polícia Militar e agentes da Polícia Civil revelaram ontem que há chances de se identificar os autores dos dois crimes, já que os históricos são conhecidos.
A polícia já possui informações seguras sobre o traficante do Confisco, que teria mandado matar o balconista Júlio César, enciumado porque ele havia se casado com sua ex-namorada, há dez dias.
Para o crime de ontem, a polícia está fazendo levantamentos sobre as pessoas que faziam parte do círculo de relações do balconista, em busca do matador. Mas a polícia não descarta a hipótese de que os dois assassinatos tenham sido cometidos a mando do traficante.
A delegada Elenice Cristina Batista Ferreira já instaurou inquérito e as primeiras testemunhas a serem ouvidas, nos cartórios da Delegacia de Homicídios/Norte, serão as que estavam no velório. A morte da viúva causou grande repercussão no Bairro Confisco, onde a polícia realizava buscas. O tenente Douglas Bernardino, do 34º Batalhão da Polícia Militar, comandava dezenas de militares em busca de suspeitos.A tragédia começou a acontecer na tarde de quinta-feira passada, quando o balconista Júlio César chegou em seu carro a uma borracharia, localizada na esquina da Rua Felipe dos Santos com Avenida Tancredo Neves, no Bairro Nacional, para trocar um pneu. Ele desceu do veículo e usava um colete à prova de balas, o que leva a polícia a suspeitar de que ele estivesse sendo ameaçado de morte.
Para se proteger, segundo testemunhas, carregava o colete para todos os lugares. Às 14h30, surgiu uma motocicleta em alta velocidade, que parou perto dele, ocupada por dois estranhos. O desconhecido que estava na garupa desceu com uma pistola na mão e descarregou-a na direção do balconista. Os 11 tiros atingiram Júlio César na cabeça, no pescoço, no rosto, nádegas, costas e na orelha direita. O corpo seria sepultado no final da manhã de ontem, em BH.
Fonte: Hoje em Dia
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Mulher é morta no velório do marido, executado pelo tráfico
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