A falta de critério do Governo do Estado de Minas Gerais para estabelecer prioridades orçamentárias ficou comprovada com a publicação no órgão oficial de imprensa do Governo, “Minas Gerais”, no último dia 11 de junho, de termos aditivos aos contratos de publicidade celebrados entre a Secretaria de Estado de Governo com as empresas citadas abaixo:
Consórcio Espontânea – MPM - Contrato original: R$ 30 milhões. Acréscimo de 25%, R$ 7 Milhões. Dotação Orçamentária: 1491.04.131.709.4680.0001339039.09.10.1.
Lápis Raro Agência de Comunicação Ltda. - Contrato Original: R$ 7 milhões, valor do Acréscimo 25%, R$ 1.750.000,00. Dotação Orçamentária: 1491.04.131.709.4680.0001.339039.09.10.1.
RC Comunicação - Contrato Original: R$ 15 milhões, valor do Acréscimo 25%, R$ 3.750.000,00. Dotação Orçamentária: 11491.04.131.709.4680.0001.339039.09.10.1.
Net Design e Comunicação Ltda. - Contrato Original: R$ 4 milhões, valor do Acréscimo 25%, R$ 1.000.000,00. Dotação Orçamentária: 1491.04.131.709.4680.0001.339039.09.10.1.
Enquanto o mundo inteiro economiza diante da crise, o próprio Governo mineiro tem uma queda de arrecadação de mais de 30%.
Na administração conhecida como “Choque de Gestão”, o gasto com publicidade é priorizado em detrimento de verbas de serviços essenciais e até mesmo o pequeno reajuste pleiteado por parte do funcionalismo público estadual.
O valor gasto em 3 meses com publicidade supera o valor orçamentário anual da maioria das secretarias de Estado.O silêncio de cumplicidade da Assembleia Legislativa de Minas Gerais chega a ser imoral.
O Judiciário e o Ministério Público foram obrigados a efetuar cortes orçamentários profundos, deixando de lado projetos essenciais para as instituições.
O funcionalismo público mineiro, asfixiado por uma política salarial, propositalmente desestimulante para que abandonem a carreira, para que os serviços públicos sejam entregues à iniciativa privada, como ocorrido recentemente com o sistema prisional.
Os gastos do Governo de Minas com publicidade fora do Estado, em alguns casos igualam-se ao gasto dentro do próprio Estado.
Desnecessário afirmar que esta “estratégia”, utilizando dinheiro público, atende única e exclusivamente ao projeto pessoal do atual ocupante do Palácio da Liberdade, que almeja chegar à Presidência da República. Membros do mercado de publicidade denunciam que 60% do recurso de publicidade do governo de Minas têm sido canalizados para o Jornal Estado de Minas que, segundo a mesma fonte, encontra-se praticamente insolvente.
A possível queda do Jornal Estado de Minas significará o término de um ciclo de mais de 70 anos, onde a elite perdulária mineira manteve-se impune diante da opinião pública.
O preço?
- O fixado pela Rua Goiás.
Fonte: Novo Jornal
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