Investigadores têm novas pistas sobre a ligação entre políticos e a Alstom no pagamento de propinas
A revista Época desta semana relata que o tucano Tião Farias recebeu doações de suspeitos de operar a propina da Alstom, mas ele nega envolvimento com o caso.
A investigação dos Ministérios Públicos Federal e de São Paulo sobre o esquema de propina do grupo francês Alstom para autoridades brasileiras em 1997 avançou bastante desde a chegada ao Brasil de documentos apreendidos pelo Ministério Público da Suíça.
A empresa teria interesse na obtenção de contratos com o governo de São Paulo, comandado na época pelo governador Mário Covas, falecido em 2001.
Uma das principais peças da investigação é um memorando manuscrito em francês por um executivo da Alstom. Nele, é identificada a rota das propinas. O dinheiro iria para integrantes do Tribunal de Contas do Estado, funcionários da Secretaria de Energia e ainda para o caixa do PSDB.
Na descrição dos intermediários da propina, o executivo da Alstom, em seu memorando, usou vários códigos. Entre eles constam “RM”, “CM”, “Splendor” e “Neves”.
Os investigadores acreditam já ter identificado três desses códigos.
O tal “RM” seria Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil do governo Covas e atual conselheiro do TCE.
“CM” seria Cláudio Mendes, um sociólogo que atuou como lobista de empresas da área de energia junto ao governo paulista entre o fim dos anos 1980 e 2004.
“Splendor” é uma das seis offshores (empresas de fachada instaladas em paraísos fiscais no exterior) por onde também teriam sido feitos pagamentos da propina pela Alstom, segundo documentos do MP da Suíça.
De acordo com o memorando, a corrupção estaria relacionada a um contrato de R$ 101 milhões da Eletropaulo, a antiga estatal de energia privatizada em 1998, com o grupo Alstom.
Robson Marinho e Cláudio Mendes negam que tenham intermediado ou recebido propinas.
E quanto ao código “Neves”?
Os investigadores acreditam que era a pessoa responsável por transformar o suborno da Alstom em caixa de campanha do PSDB.
O memorando do executivo da Alstom é de 21 de outubro de 1997. Nele, “Neves” aparece ao lado da cifra “8,5%”, suposto valor da propina.
Os investigadores acreditam que darão um passo para elucidar o código “Neves” quando destrincharem o envolvimento do vereador paulistano Tião Farias (PSDB) com a história. Farias não é citado nos documentos da Suíça, mas tem ligações com várias pessoas investigadas no caso.
Além de ter sido um dos assessores mais próximos de Mário Covas, foi secretário-adjunto de Robson Marinho na Casa Civil.
Em 2002, quando concorreu a um mandato de deputado estadual, Farias recebeu doações dos empresários Romeu Pinto Júnior e Sabino Indelicato, citados nos documentos suíços.
Pinto Júnior é acusado de ser o dono da MCA Uruguay, outra offshore supostamente usada como canal de propinas.
Indelicato é dono da Acqua Lux Engenharia, suspeita de operar o esquema de propina da Alstom por meio de contratos de consultoria de fachada.
Tanto Pinto Júnior quanto Indelicato afirmam que as acusações são falsas.
O vereador Tião Farias diz que não conhece Pinto Júnior, mas admite ter relações com Indelicato, um militante do PSDB, segundo ele.
As doações para sua campanha, diz Farias, foram convites, no valor de R$ 1.000, comprados para um jantar de apoio político. Tião Farias não conseguiu a vaga de deputado estadual em 2002. Ele virou vereador em São Paulo em 2004.
Durante a encarniçada disputa pela candidatura própria do PSDB à prefeitura de São Paulo, neste ano, ganhou destaque por ter sido um dos poucos a permanecer ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin.
A revista Época desta semana relata que o tucano Tião Farias recebeu doações de suspeitos de operar a propina da Alstom, mas ele nega envolvimento com o caso.
A investigação dos Ministérios Públicos Federal e de São Paulo sobre o esquema de propina do grupo francês Alstom para autoridades brasileiras em 1997 avançou bastante desde a chegada ao Brasil de documentos apreendidos pelo Ministério Público da Suíça.
A empresa teria interesse na obtenção de contratos com o governo de São Paulo, comandado na época pelo governador Mário Covas, falecido em 2001.
Uma das principais peças da investigação é um memorando manuscrito em francês por um executivo da Alstom. Nele, é identificada a rota das propinas. O dinheiro iria para integrantes do Tribunal de Contas do Estado, funcionários da Secretaria de Energia e ainda para o caixa do PSDB.
Na descrição dos intermediários da propina, o executivo da Alstom, em seu memorando, usou vários códigos. Entre eles constam “RM”, “CM”, “Splendor” e “Neves”.
Os investigadores acreditam já ter identificado três desses códigos.
O tal “RM” seria Robson Marinho, ex-secretário da Casa Civil do governo Covas e atual conselheiro do TCE.
“CM” seria Cláudio Mendes, um sociólogo que atuou como lobista de empresas da área de energia junto ao governo paulista entre o fim dos anos 1980 e 2004.
“Splendor” é uma das seis offshores (empresas de fachada instaladas em paraísos fiscais no exterior) por onde também teriam sido feitos pagamentos da propina pela Alstom, segundo documentos do MP da Suíça.
De acordo com o memorando, a corrupção estaria relacionada a um contrato de R$ 101 milhões da Eletropaulo, a antiga estatal de energia privatizada em 1998, com o grupo Alstom.
Robson Marinho e Cláudio Mendes negam que tenham intermediado ou recebido propinas.
E quanto ao código “Neves”?
Os investigadores acreditam que era a pessoa responsável por transformar o suborno da Alstom em caixa de campanha do PSDB.
O memorando do executivo da Alstom é de 21 de outubro de 1997. Nele, “Neves” aparece ao lado da cifra “8,5%”, suposto valor da propina.
Os investigadores acreditam que darão um passo para elucidar o código “Neves” quando destrincharem o envolvimento do vereador paulistano Tião Farias (PSDB) com a história. Farias não é citado nos documentos da Suíça, mas tem ligações com várias pessoas investigadas no caso.
Além de ter sido um dos assessores mais próximos de Mário Covas, foi secretário-adjunto de Robson Marinho na Casa Civil.
Em 2002, quando concorreu a um mandato de deputado estadual, Farias recebeu doações dos empresários Romeu Pinto Júnior e Sabino Indelicato, citados nos documentos suíços.
Pinto Júnior é acusado de ser o dono da MCA Uruguay, outra offshore supostamente usada como canal de propinas.
Indelicato é dono da Acqua Lux Engenharia, suspeita de operar o esquema de propina da Alstom por meio de contratos de consultoria de fachada.
Tanto Pinto Júnior quanto Indelicato afirmam que as acusações são falsas.
O vereador Tião Farias diz que não conhece Pinto Júnior, mas admite ter relações com Indelicato, um militante do PSDB, segundo ele.
As doações para sua campanha, diz Farias, foram convites, no valor de R$ 1.000, comprados para um jantar de apoio político. Tião Farias não conseguiu a vaga de deputado estadual em 2002. Ele virou vereador em São Paulo em 2004.
Durante a encarniçada disputa pela candidatura própria do PSDB à prefeitura de São Paulo, neste ano, ganhou destaque por ter sido um dos poucos a permanecer ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin.
Mais uma, Gusmão. Nem o pessoal do MPF sabe quem é o "Neves", mas parece que vc já concluiu que é o Aécio. Já o Novo Jornal diz hoje que seria um tio dele, já falecido. Vamos ver até onde vai a tergiversação com árvore genealógica da família...
ResponderExcluirCaramba estava procurando sobre o vereador Tião Farias por causa da lei 396/2007 sobre transição de governo e acho essa matéria no blog. Meu é muito indignante.
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