quarta-feira, 14 de abril de 2010

Coadjuvante atropela o Partido dos Trabalhadores

*Diran Filho

O Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB – que normalmente tem se postado como coadjuvante no cenário político nacional emprestando seu tempo de televisão a quem melhor lhe convier, ou seja, quem lhe render mais espaço, revolveu, neste ano eleitoral, sucumbir o PT Mineiro impondo-lhe a candidatura do senador Hélio Costa, e, deixando o cargo de coadjuvante ao partido do Presidente da República, tudo isso, é claro, através da contrapartida do tempo de televisão a candidata ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, que já canta aos quatro cantos que Michel Temer será seu vice, o que, mais uma vez, carimba na maior legenda do Brasil, a figura de coadjuvante.

Sucumbir o PT Mineiro, e, principalmente, menosprezar a capacidade eleitoral do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, ou pior, apagar o brilho do ex-ministro e também ex-prefeito de Belo Horizonte, Patrus Ananias, maior símbolo da verdadeira militância petista, aquele que incorporou o real sentido de esquerda, e não se curvou aos sabores do poder, é, no mínimo, ignorar e desrespeitar toda a militância vermelha e branca, que tanto busca recuperar os princípios norteadores da fundação do Partido dos Trabalhadores, princípios esses, hoje esquecidos por alguns de seus representantes que se deleitam no poder, sempre em busca de mais boquinha. Com Patrus os petistas poderiam defender a honestidade, a integridade. Sua militância, certamente, sairia as ruas orgulhosa de seu candidato, os movimentos sindicais se sentiriam realmente representados, provocando uma mobilização típica daquele Partido dos Trabalhadores, que arrebatava multidões no início da década de 80.

É, realmente, Minas Gerais é pequena na visão de Lula e Dilma, uma vez que, mesmo com as reais chances de vitória do PT, seus candidatos terão que se curvarem as vontades de outro partido. Já em São Paulo, ainda que com um candidato, literalmente, sem chance de vitória, o diretório petista de lá vai sim ter candidato próprio, digno de um grande partido. Mas os mineiros terão que aguardar pelo menos mais 08 anos para poderem ter, ao menos, a possibilidade de votar em um candidato do Partido dos Trabalhadores.

*Professor

Um comentário:

  1. O PT DE MINAS, SE CONTINURAR ASSIM (JÁ DESDE 2004) IRÁ FICAR IGUAL O PT DO RIO DE JANEIRO: COMANDADO ORA PELO PMDB, ORA PELO PDT, ORA PELO PSDB...
    ATUALMENTE QUEM COPMANDA O PT DE MINAS NÃO É A MILITÃNCIA/FILIADOS OU SEUS DIRIGENTES, A ORDEM VEM DOS "CAPAS" DO PT DE SÃO PAULO OU DO PT QUE ESTÃO EM BRASILIA.
    PODE??

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