terça-feira, 8 de setembro de 2009

O Poder sem Pudor

Denunciada e indiciada por práticas ilícitas quando prefeita de Três Pontas, Adriene Barbosa assume vaga de conselheira
A ausência de princípios éticos questionados em todo País é relativamente pequena se comparada com o que vem ocorrendo em Minas Gerais.
Enquanto no passado a probidade era quesito fundamental para o exercício da função pública, atualmente inverteu-se a lógica, ou seja, apenas os desonestos ocupam funções públicas. Não se trata de uma pequena minoria, mas sim da maioria.
A atribuição de fiscalização das atividades das empresas, autarquias e outras entidades públicas exercida pelo Tribunal de Contas, legalmente permaneceu onde estava. Porém, a prática dos conselheiros é que mudou.
Desta forma, podemos afirmar que não precisamos de novas leis, apenas de pessoas que as cumpram.
Na Corte do Tribunal de Contas, sem dúvida de errar, os mais crédulos dizem que 90% dos conselheiros são desonestos. Não se trata de acusação, basta aferir o “prontuário” de cada um dos integrantes da Corte, uma vez que currículos poucos têm.
Para confirmar o que noticiamos, são atualmente conselheiros do Tribunal de Contas:
Wanderley Geraldo de Ávila (investigado pela Polícia Federal, processado e indiciado)
Antônio Carlos Doorgal de Andrada (investigado pela Polícia Federal, processado e indiciado)
Adriene Barbosa de Faria Andrade (investigada pela Polícia Federal, Ministério Público Estadual e Federal, processada e indiciada)
Eduardo Carone Costa (sem investigações e processos).
Elmo Braz Soares (investigado pela Polícia Federal, processado e indiciado).
Como pode uma Corte como esta continuar a julgar as contas públicas do Estado de Minas Gerais?
Os conselheiros do Tribunal de Contas vêm aprovando a mais variada gama de negociatas, conforme comprovado por inquérito da Polícia Federal.
Quase que a totalidade dos atuais conselheiros foi indicada pelo Executivo. Desta forma, tudo leva a crer que ao Executivo interessa esta situação.
O Executivo não pode sequer alegar que não sabia. Entretanto, o absurdo ultrapassou o limite do pudor na indicação da conselheira Adriene. A justificativa foi que a mesma era “namorada” de Clésio Andrade, na época vice-governador de Minas.
O sindicato dos funcionários do Tribunal de Contas chegou a ajuizar uma ação contra sua indicação. Até hoje nada adiantou.
A imoralidade é tão grande que particulares estão encaminhando ao Judiciário e ao presidente do Tribunal (sic) denúncia de suspeição contra os conselheiros, como a encaminhada contra a conselheira Adriene. (cópia abaixo).
Já que vale a indicação de namorada, a exemplo de Napoleão, inclusive Clésio parece com Napoleão, só falta agora acontecer como ocorrido no Senado Romano, quando Calígula indicou seu cavalo Incitatus para compor o Senado.
Evidente que, segundo funcionárias do Tribunal, só falta o cavalo Incitatus. Calígula já existe.
Há pouco mais de um mês, o então candidato à vaga de conselheiro, deputado Irani Barbosa, denunciou da Tribuna da Assembleia Legislativa a maneira pouco ortodoxa adotada pelos deputados para escolha do novo conselheiro.
Será que não estaria na hora de mudar o modelo de indicação para provimento do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas?
Fonte: Novo Jornal

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